Liverpool 2 x 2 Manchester United... E o primeiro domingo do ano teve jogão
Rubem Amorim foi brilhante na formação tática de sua equipe. Não por defender no 5-4-1, mas por atacar sempre pelo lado esquerdo. Usou o lado mais forte do Liverpool, líder do Campeonato Inglês, a direita, para jogar às costas de Alexander-Arnold. Na prática, Arnold não é lateral. É meia direita.
Já era na formação de Jurgen Klopp, muito mais com Arne Slot. Com a bola, o Liverpool joga com Konaté, Van Dijk e Roberstson na saída de jogo, Gravenberch e MacAllister como médios, Salah, Alexander-Arnold, Luis Díaz, Curtis Jones e Gapko na linha de cinco atacantes. Com movimentações, por vezes Arnold inverte com MacAllister, outras com Salah e sempre é o grande organizador da equipe.
Significa que há espaços às suas costas e o Manchester United construiu dois gols daquele lado. Primeiro, passe de Bruno Fernandes entre a lateral e o miolo de defesa. Gol de Lisandro Martínez. Depois, passe de Garnacho, que entrou no lugar de Mainoo para contra-atacar justamente esse setor.
Deu certo. Passe de Garnacho, gol de Amad Diallo: 2 x 2.
Antes, o Liverpool já tinha quatro vitórias de virada na temporada, contra Chelsea, Brighton, Southampton e Leicester.
Estava prestes a conseguir a quinta com o 18o gol de Mohammed Salah, convertendo pênalti cometido pelo zagueiro holandês, De Ligt, do Manchester United.
Seria um terço das vitórias de virada. Mas a quinta não veio.
Porque Rubem Amorim estudou perfeitamente como anular o lado direito do líder do Campeonato Inglês e usar as costas de Alexander-Arnold.
O antídoto do Liverpool para a estratégia de Rubem Amorim foi jogar pela esquerda, por onde Gravenberch serviu Gakpo, que deixou De Ligt sentado, com um drible seco, e finalizou no ângulo esquerdo de Onana.
Pouco depois veio o pênalti de De Ligt, convertido por Salah. Estava 2 x 1.
Até que Rubem Amorim colcou Garnacho para construir a jogada do empate por 2 x 2.
Foi o décimo clássico sem vitória do Manchester United em Anfield. Não ganha desde janeiro de 2016, quando Louis Van Gaal era o treinador do Manchester United, no primeiro jogo de Klopp pelo Liverpool contra o maior rival. São cinco vitórias do Liverpool e cinco empates, neste período.
Rubem Amorim esteve perto de conseguir o que José Mourinho, Ralf Rangnick e Erik ten Hag não conseguiram.
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