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OpiniãoEsporte

Quem é quem depois do sorteio dos grupos da Libertadores

É muito mais fácil falar do que analisar.

Daí que muita gente disse que o Corinthians tinha dado sorte no sorteio da pré-Libertadores e quem se classificou foi o Bahia.

Porque a segunda perna corintiana, contra o Barcelona, era muito mais difícil do que a do Esquadrão de Aço, como aqui se afirmou.

Então, se você leu rapidamente, aqui vai se tentar a melhor análise. Quem passa, quem será eliminado? Impossível dizer.

Mas é justo dizer quem está melhor e tem mais chances neste momento com base em informação:

GRUPO A

BOTAFOGO, ESTUDIANTES, UNIVERSIDAD DE CHILE E CARABOBO

O Botafogo se deu bem.

O Estudiantes é o time do técnico Eduardo Dominguez, vice-campeão da Copa Sul-Americana de 2015 pelo Huracán, mas ocupa só a quinta colocação em seu grupo no início do Campeonato Argentino. Quando era forte e o Botafogo nem tanto, em 2017, o Botafogo se classificou em primeiro lugar na chave e o Estudiantes foi eliminado. O mesmo vale para a Univesidad de Chile, de Charles Aránguiz, ex-Internacional, mas igualmente quinta colocada no Campeonato Chileno. O Carabobo está em quarto lugar na Venezuela. Você acredita em sua chance de classificação? Cara bobo...

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PALPITE - Botafogo e Estudiantes

GRUPO B

RIVER PLATE, INDEPENDIENTE DEL VALLE, UNIVERSITARIO, BARCELONA

O River Plate está em terceiro lugar em seu grupo do Campeonato Argentino e, se pudesse, não escolheria este grupo.

Não que seja difícil, mas tem gente grande e viagens longas.

O Independiente del Valle está apenas na décima colocação do Campeonato Equatoriano, mas é forte.

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Uma mexida de seu técnico e o time vira poderoso.

O Barcelona estava fora, mas eliminou o Corinthians.

O Universitario é dirigido por Fabián Bustos, ex-Santos, e é, portanto, competitivo. Mas não deve ficar com uma das duas vagas.

PALPITE - River Plate e Independiente del Valle

GRUPO C

FLAMENGO, LDU, TÁCHIRA E CENTRAL CÓRDOBA

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A chave é chata pelas viagens longas e, mesmo no caso do time argentino, o Central Córdoba, Santiago del Estero, no norte, não é muito simples de se chegar.

A LDU é dirigida por Pablo Vitamina Sánchez, que esteve no Palestino e derrotou o Flamengo no ano passado.

Mas é apenas quinta colocada no Campeonato Equatoriano.

O Táchira é o atual vice-líder na Venezuela e tem como destaque o atacante Lucas Cano, nada a ver com Germán, líder de assistências no torneio local.

Central Córdoba é o vencedor da Copa Argentina e estreia na Libertadores

PALPITE - FLAMENGO E LDU

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GRUPO D

SÃO PAULO, LIBERTAD, TALLERES E ALIANZA

Há uma lenda segundo a qual quem cai na chave do Alianza não vence a Libertadores.

Desmente-se pelo Cruzeiro, que ganhou do Alianza em 1997 e conquistou o título.

Mas o time peruano, de Barcos e Paolo Guerrero, dirigido pelo antigo volante Nestor Gorosito, campeão da Libertadores pelo San Lorenzo, em 1986, eliminou o Boca Juniors, pela primeira vez na pré-Libertadores. Só isso!

Mais perigoso é o Libertad, líder do Campeonato Paraguaio, dos eternos atacantes Oscar Cardozo e Roque Santa Cruz.

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O Talleres ganhou do São Paulo em Córdoba, no ano passado, mas trocou de técnico duas vezes. Com Alexander Medina, ex-Internacional, ocupa apenas a 13a colocação de seu grupo no Campeonato Argentino.

O grupo do São Paulo é mais do que chato. É perigoso.

PALPITE - São Paulo e Alianza

GRUPO E

RACING, COLO-COLO, FORTALEZA E BUCARAMANGA

O Fortaleza preferia não cair na chave do Colo-Colo, porque sua torcida é presente e guarda mágoa pela transferência de Lucero, há três anos.

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Mas queria mesmo fugir do grupo da morte e do River Plate. Se seria melhor ter um uruguaio cabeça de chave, o Racing é bom time, mas não é um bicho papão. Bem treinado por Gustavo Costas, homenageado na cerimônia da Conmebol, está apenas em décimo lugar em seu grupo no Campeonato Argentino. Perdeu Quintero, mas mantém a base vencedora da Copa Sul-Americana.

O Colo-Colo mantém o técnico Jorge Almirón, que classificou a equipe para as oitavas de final da edição passada, após seis anos. Mas ocupa só a décima primeira posição do Campeonato Chileno.

O Bucaramanga não assusta. Está em 14o lugar na Colômbia. Jogará sua segunda Libertadores após 27 anos de ausência.

PALPITE - Racing e Fortaleza

GRUPO F

NACIONAL, INTERNACIONAL, ATLÉTICO NACIONAL E BAHIA

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Apontado como grupo da morte, é provável que não morra nem o Internacional, nem o Bahia.

Os brasileiros são melhores, apesar de o time uruguaio, quarto colocado em seu campeonato local, ter bons jogadores, como Jeremía Recoba, filho de Alvaro Recoba.

Não está bem.

O mesmo vale para o Atlético Nacional, segundo colocado do Campeonato Colombiano, mas que não é sombra do que foi. Seu atacante principal é Morelos, emprestado pelo Santos.

O Bahia volta à fase de grupos depois de 36 anos e cai na chave do Inter, adversário que o eliminou nas quartas de final em 1989.

PALPITE - Internacional e Bahia

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GRUPO G

PALMEIRAS, BOLÍVAR, SPORTING CRISTAL E CERRO PORTEÑO

O Palmeiras terá de viajar a La Paz, para enfrentar o Bolívar, que o derrotou na estreia da edição 2023.

Não é um rival fácil e pertence ao grupo City, por causa de seu proprietário, o empresário Marcelo Claure. Mantém a base e bons jogadores como Patricio Rodriguez, ex-Santos, os brasileiros Fábio Gomes e Bruno Sávio.

É o adversário mais forte.

O Sporting Cristal está em oitavo lugar no Campeonato Peruano. É dirigido pelo argentino Guillermo Farré, que levou Cauteruccio, centroavante campeão pelo San Lorenzo, em 2014.

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O Cerro Porteño vem da pré-Libertadores, eliminou Monagas, da Venezuela, e Melgar, do Peru, tem o argentino Carrizo e Piris da Mota como destaque e será chato enfrentá-los em Assunção, como toda a fúria paraguaia depois do episódio de racismo contra Luighi.

Confronto perigoso.

PALPITE - Palmeiras e Bolívar

GRUPO H

PEÑAROL, OLIMPIA, VELEZ E BULO BULO

Semifinalista da última Libertadores, o Peñarol não está igual. Não vence há cinco rodadas, está em 12o lugar no Campeonato Uruguaio, mas segue com Diego Aguirre e a prioridade é realizar boa campanha outra vez na Libertadores.

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O Olimpia melhorou nas últimas semanas, mas é vice-líder do Campeonato Paraguaio, onde o melhor time é mesmo o Libertad. Seu técnico é Martin Palermo, centroavante bicampeão pelo Boca Juniors em 2000 e 2001.

Campeão argentino, o Vélez perdeu o técnico Gustavo Quintero, mantém o zagueiro Valentín Gómez, mas não está bem na temporada atual.

O Bulo Bulo é estreante em Libertadores e joga em Cochabamba, a 2500 metros de altitude. É coadjuvante.

PALPITE - Peñarol e Vélez

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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