Conmebol e seu presidente dão vexame internacional em cerimônia desastrosa
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Os primeiros sinais pós sorteio da Libertadores e Copa Sul-Americana davam conta de não ter caído bem a ausência de Leila Pereira. O Palmeiras se fez representar por seu vice-presidente, Paulo Buosi.
A cara feia da Conmebol poderia indicar o Palmeiras mal visto na entidade, como é o Corinthians, desde a morte do torcedor boliviano Kevin Spada, em Oruro, 2013.
Leila Pereira está em fase tão boa que até quando toma decisão politicamente arriscada sua sorte traz benefícios para seu lado.
Ninguém, nem o presidente do Peñarol, que cometeu a insanidade de comparar as prisões dos torcedores que vandalizaram quiosques na Barra da Tijuca com as denúncias brasileiras contra o racismo, nem mesmo ele é capaz de dar a mão a Alejandro Dominguez após ter afirmado em entrevista:
"Libertadores sem brasileiros seria como Tarzan sem Chita."
Difícil saber se é mais grave o presidente da Conmebol afirmar isso compreendendo a seriedade do que disse ou alegando que não teve intenção. Ou foi irresponsável ou não tem noção do cargo que ocupa.
Os dois casos são passíveis de demissão sumária, exceto numa entidade capaz de punir o Cerro Porteño em US$ 50 mil após caso de racismo.
Isto dois anos após excluir Bruno Tabata da Libertadores ao suspendê-lo por quatro meses, enquanto multava o Cerro em US$ 100 mil, um terço do prêmio por vitória na Libertadores 2013.
Alejandro Dominguez já tinha abusado em seu discurso vazio na cerimônia, ao afirmar que "a Conmebol faz tudo o que pode." Sintetizava que o Palmeiras não foi bem visto em seu protesto.
A Conmebol veste uma venda para o crime de racismo e observa com olhos de lince todos os seus críticos. Alejandro Dominguez poderia sofrer processo de impeachment por sua declaração desastrada. Como não sofrerá, deveria no mínimo pedir desculpas formais na Embaixada do Brasil.
56 comentários
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Carlos Renato de Abreu e Lima
Se após essa declaração, os times brasileiros não abandonarem as competições da CONMEBOL é porque também não ligam para essa questão.
Edson Pinto de Almeida
É simples: basta sair da Conmebol.
Carlos Bittencourt
Infelizmente, vai ficar tudo por isso mesmo, os clubes brasileiros não têm coragem e muito menos interesse em realmente resolver esse tipo de problema. Sejamos sinceros, se o triste fato de racismo tivesse ocorrido com atleta de outro time, até mesmo a presidente do Palmeiras não teria feito absolutamente nada.