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Rafael Oliveira

Bayern confirma o favoritismo, mas voltou a mostrar fragilidade defensiva

Jogadores do Bayern de Munique comemoram gol marcado contra o Lyon pela Liga dos Campeões - Miguel A. Lopes/Pool via Getty Images
Jogadores do Bayern de Munique comemoram gol marcado contra o Lyon pela Liga dos Campeões Imagem: Miguel A. Lopes/Pool via Getty Images

Colunista do Uol

19/08/2020 18h34

O Bayern está na final da Champions. Enfrentará o PSG no que promete ser um grande jogo. A semifinal contra o Lyon teve um segundo tempo protocolar, mas a construção do placar não foi tão simples assim.

Na realidade, o time francês conseguiu explorar os espaços que desejava. O que faltou foi aproveitar as chances criadas. Todas em escapadas rápidas contra a adiantada defesa bávara.

O Bayern castigou os erros e chegou ao resultado com o protagonismo de Gnabry, a qualidade de Alaba e a influência de Kimmich a partir da lateral direita.

Taticamente, a abordagem do Lyon foi um capítulo interessante. Rudi Garcia abriu Toko Ekambi para tentar fechar a opção de passe para Alphonso Davies. Assim, limitava a saída por ali e se posicionava para receber as transições ofensivas no setor.

Curiosamente, Alaba tinha liberdade para iniciar a saída de bola por dentro. Uma decisão arriscada, considerando a capacidade do austríaco para passar, lançar e conduzir a bola. Talvez o objetivo fosse atrair o jogador para contra-atacar sem os dois defensores mais rápidos posicionados por ali (Alaba e Davies).

Não dá para dizer que não funcionou. O Lyon fez um bom início e deu trabalho. Só não foi o suficiente por não converter as chances criadas. E isso custa caro para quem enfrenta o atual Bayern.

Não foi a exibição mais completa ou empolgante da equipe de Hansi Flick. Já não havia sido perfeita na impressionante goleada sobre o Barcelona, o que só reforça o nível atingido em 2020.

O Bayern tem um forte e temido time, mas a fragilidade no controle da profundidade defensiva se mostrou um ponto fraco gritante nos últimos dois jogos. Certamente, será um dos principais componentes táticos a observar na decisão, ainda mais tendo Mbappé, Di María e Neymar do outro lado.