Desempenho do Cruzeiro preocupa ainda mais que os resultados
O Cruzeiro é o 16º colocado após sete rodadas na Série B. Só fica fora da zona de rebaixamento pelo número de vitórias, critério de desempate. Mas não é esse o principal problema.
Até por recordar que o clube começou com seis pontos negativos por conta de punição da Fifa. Logo, dado o número reduzido de rodadas e o equilíbrio na classificação, o aproveitamento de 47,6% dos pontos equivale ao oitavo lugar, e não ao atual décimo sexto.
Continua abaixo do suficiente, mas não é campanha de rebaixado. Na realidade, isso pouco importa por enquanto.
Muito pior que olhar para a tabela tem sido olhar para o campo. São três derrotas nos cinco jogos sem vencer. O time foi batido por Chapecoense, América-MG e Brasil de Pelotas. Os empates no período foram com o Confiança e na eliminação para o CRB na Copa do Brasil.
A sensação é de que a equipe ainda está muito distante de um encaixe. Não pelo número de mudanças nas escalações, mas pela falta de uma resposta minimamente convincente ou consistente.
Contra o Brasil, o Cruzeiro teve algumas boas notícias: o primeiro tempo de Jadsom e a velocidade de Airton na direita. Garotos que mostram sinais individuais em meio ao deserto coletivo. Fora isso, apenas a exagerada dependência de um chute de longe de Arthur Caíke ou as bolas forçadas para Marcelo Moreno trombar no pivô.
O gol da derrota não saiu por acaso. Foi "anunciado", consequência de um período de crescimento do adversário em um segundo tempo muito abaixo do primeiro.
Embora obviamente desconfortável, o lugar na tabela de classificação ainda pode ser rapidamente revertido. Não que o atual trabalho indique qualquer perspectiva de tranquilidade. Pelo contrário. Mas há tempo e um campeonato inteiro pela frente (31 jogos). O ponto mais preocupante é observar o pobre desempenho e a ausência de ideias suficientes para se impor diante dos adversários na Série B.
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