Real Madrid escapou de goleada, mas foi atropelado pelo Shakhtar
O Real Madrid quase foi buscar o empate contra o Shakhtar. Chegou a ter um gol anulado nos instantes finais da partida da Champions. Poderia ter sido o 3x3, mas pouco mudaria em relação ao que foi o jogo.
Sim, o poder de reação foi uma evolução e passou pelo golaço de Modric, as entradas de Vinicius Júnior e Benzema, a redistribuição das peças em campo... Tudo isso é verdade.
Mas o Shakhtar continuou perigoso a cada escapada e poderia ter definido o placar, inclusive no segundo tempo. De qualquer forma, o primeiro já havia sido de enorme superioridade em todos os aspectos.
O desfalcado time de Luís Castro foi perigoso a cada ataque. Frustrou o Real Madrid com boa organização defensiva e explorou os muitos espaços.
Zidane tentou encaixar a marcação com os três meio-campistas subindo muito para pressionar. Com o bom trabalho feito por Maycon, Marcos Antônio e Marlos, o Shakhtar superava tal estratégia com alguma facilidade.
E, para completar, encontrava uma linha de defesa completamente desfigurada. Em geral, pelo menos um dos zagueiros subia para acompanhar um meio-campista ou Dentinho. Com isso, os espaços estavam escancarados para transições e passes em profundidade.
Tetê, Marcos Antônio e Maycon foram alguns dos principais nomes da partida. O Shakhtar abriu 3x0 e poderia ter feito mais. Não seria exagero.
Aliás, o Real Madrid sofrer na fase de grupos da Champions já não tem sido novidade. Em 2018/19, perdeu por 3x0 do CSKA em casa. Em 2019/20, tomou um enorme sufoco do Brugge e perdia por 2x0, mas conseguiu buscar o empate no fim.
O time de Zidane não faz bom início de temporada e as dificuldades diante do Shakhtar escancaram a distância para um nível minimamente convincente. A experiência de anos anteriores mostra que é um elenco capaz de se recuperar ao longo da competição, mas isso não ameniza o início ruim, especialmente em um grupo complicado.
Quanto ao Shakhtar, é mais um relevante resultado de um clube que enxerga, trabalha e projeta diversos talentos brasileiros. Já há uma nova geração por lá - e que deve render bons frutos nos próximos anos, seja tecnicamente ou em transferências para outras ligas.
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