Palmeiras superou o Galo com bom trabalho sem bola e belos contra-ataques

O Palmeiras conseguiu uma convincente vitória sobre o Atlético-MG. O 3x0 foi consequência de uma sólida atuação, com superioridade na maior parte do jogo.

Embora dois gols tenham saído no segundo tempo, os primeiros trinta minutos já sinalizavam uma estratégia muito bem executada. Ao impedir que o Atlético progredisse com a bola, o Palmeiras controlava as ações.

Aí está algo fundamental a ser destacado. O trabalho sem bola. Não é sinônimo de apenas esperar e ser pressionado. Também não precisou ser a pressão mais alta e agressiva na marcação.

O Palmeiras, com um bloco médio, limitava as opções de passe. É verdade que o funcionamento do time de Sampaoli foi um pouco diferente, com Arana bem aberto na estrutura de ataque. Na ausência de Keno, o Galo teve o lateral com a função de abrir o campo na esquerda, enquanto Guga ajudava os zagueiros na saída.

Com importante trabalho de Raphael Veiga e Zé Rafael, Allan e Jair não tiveram conforto na distribuição. E o jogo de posse não fluiu para o time mineiro, vulnerável nas transições defensivas.

O Palmeiras marcava, evitava avanços, forçava erros e acelerava para aproveitar os espaços a cada retomada - muitas já no campo de ataque. Não por acaso, teve ampla vantagem inicial nas finalizações.

Na segunda etapa, o Atlético ainda voltou trabalhando melhor a bola. Resgatou o funcionamento original ao colocar Marquinhos na ponta, devolvendo Arana ao papel de lateral que se projeta como meio-campista.

Só que aí apareceu outro enorme mérito do Palmeiras na vitória: a qualidade para definir nas transições. A começar pelo bom papel defensivo da zaga, passando pela participação de Luiz Adriano nos lançamentos para as opções de velocidade.

Com Wesley, Rony e Zé Rafael atacando os espaços, o placar foi definido. Talvez os gols tenham saído no momento em que o Atlético melhor produzia ofensivamente. Mas a vitória corresponde ao bom desempenho do Palmeiras, que poderia ter ampliado ainda na meia hora inicial de partida. Uma organização que resgata confiança e deixa boa imagem para Abel Ferreira, que acabou de chegar.