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Rafael Oliveira

Como o duelo Lewandowski vs Haaland faz bem ao Campeonato Alemão

O atacante Robert Lewandowski comemora o gol pelo Bayern de Munique em partida contra o Borussia Dortmund pelo Alemão - Divulgação/Twitter/FCBayern
O atacante Robert Lewandowski comemora o gol pelo Bayern de Munique em partida contra o Borussia Dortmund pelo Alemão Imagem: Divulgação/Twitter/FCBayern

Colunista do Uol

08/11/2020 09h48

O Bayern venceu o Borussia Dortmund no esperado clássico do sábado. Com o resultado, é líder isolado. E o cenário mais esperado é, de fato, que amplie sua impressionante série de conquistas.

Mas o duelo vai além da classificação. Primeiro porque foi um belo jogo. E também porque o choque de artilheiros amplia a dimensão da repercussão da partida mais esperada da Bundesliga.

Lewandowski é o grande goleador da década na Alemanha. Um dos maiores da história do campeonato, certamente. Durante um período, teve Aubameyang como "rival" direto na luta pela artilharia.

Agora é a vez de Erling Haaland tentar a dura missão. E o jovem norueguês tem números de respeito em seu primeiro ano no Borussia Dortmund.

É difícil não avaliar o clássico a partir do impacto dos dois centroavantes. Características diferentes que geram ameaças diferentes.

A estratégia de Lucien Favre foi explorar as saídas mais diretas e passes em profundidade. A ideia era justamente correr nas costas da defesa do Bayern, especialmente no setor entre Bouna Sarr e Boateng. E dá para dizer que funcionou.

Foram muitas as escapadas perigosas. E o Borussia jogou bem boa parte da partida. Haaland tem uma explosão na arrancada que é difícil de acompanhar. Acionado por Reyna e Sancho, era um incômodo frequente.

Curiosamente, o que faltou foi a precisão para definir os lances. Algo que costuma ser outro ponto positivo para quem tem bom aproveitamento nas finalizações.

E se o Borussia Dortmund criou vantagens a partir da estratégia mas não aproveitou muitas das chances, Lewandowski é implacável do outro lado. O polonês precisa de "meia chance" para deixar sua marca.

Não foi a versão mais dominante do Bayern. Não encaixou a marcação alta, sofreu para defender os passes em profundidade, perdeu seu principal organizador (Kimmich, lesionado) e correu riscos até os últimos instantes.

Ainda assim, saiu com os três pontos e com a sensação de que é um time capaz de vencer a partir das mais diferentes armas e formas. A principal delas, certamente, é Lewandowski. E o duelo com Haaland, mesmo que ainda desigual, ajuda a ampliar os olhares para dois dos maiores goleadores do momento.