Só Muricy Ramalho treinou o São Paulo em um Brasileirão inteiro desde 2003

O São Paulo demitiu na tarde desta segunda-feira (1º) o técnico Fernando Diniz. Após a eliminação na semifinal da Copa do Brasil, no último dia 30 de dezembro, e a sequência de 6 jogos sem vitória em 2021, que fez com o que o time perdesse a liderança do Brasileirão com 7 pontos de vantagem e caísse para o 4º lugar, 7 pontos atrás do Inter, a diretoria do clube resolveu trocar o comando da equipe faltando 5 rodadas para o fim do campeonato.

Situação muito parecida com a de 2018, quando o São Paulo também venceu o 1º turno e acabou demitindo o uruguaio Diego Aguirre na mesma 33ª rodada. Naquele ano, o time empatou com o Corinthians em Itaquera (1 a 1) e caiu para o 5º lugar, 9 pontos atrás do Palmeiras.

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Sem conquistar o Brasileirão desde 2008, quando foi tricampeão sob o comando de Muricy Ramalho, o São Paulo não conseguiu manter outro treinador do início ao fim do campeonato. Apenas Muricy, em 2014, ficou em todas as 38 rodadas. Na era dos pontos corridos, o treinador é o único a conseguir essa proeza pelo clube.

Em 2009, o próprio Muricy acabou demitido após a 5ª rodada, mas após a eliminação para o Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores. Seu sucessor, Ricardo Gomes, quase levou o time ao tetra, mas acabou perdendo a liderança na penúltima rodada. Em 2010, Gomes foi demitido após perder a semifinal da Libertadores para o Internacional. Naquele ano, o interino Sérgio Baresi e depois Paulo César Carpegiani dirigiram o time no Brasileirão.

Em 2011, além de Carpegiani, que caiu na 8ª rodada, o São Paulo teve ainda Adílson Batista (até a 30ª) e depois Emerson Leão. Em 2012, depois de Leão (que saiu na 6ª rodada), Ney Franco assumiu o time e conseguiu o último título do São Paulo — a Copa Sul-Americana no final do ano. Mas, como das últimas vezes, Ney foi demitido após uma eliminação do time na Libertadores — caiu para o Atlético-MG nas oitavas de final de 2013.

Ainda em 2013, Paulo Autuori, campeão da Libertadores de 2005 pelo clube, retornou ao Tricolor, mas com uma campanha ruim foi demitido após 12 jogos, na 19ª rodada, quando o time flertava com a zona do rebaixamento. Muricy Ramalho chegou então com uma dura missão e conseguiu livrar o time da degola. Depois disso, ficou até o final de 2014.

De 2015 para cá, passaram ainda Juan Carlos Osório, Doriva, Edgardo Bauza, Ricardo Gomes, Rogério Ceni, Dorival Júnior, Diego Aguirre, André Jardine e Cuca antes de Fernando Diniz.

Treinadores do São Paulo no Brasileirão por pontos corridos (2003-2020):
2003 (3º) - Oswaldo de Oliveira (6 jogos) e Roberto Rojas (40 jogos)
2004 (4º) - Cuca (28 jogos) e Emerson Leão (18 jogos)
2005 (11º) - Milton Cruz (2 jogos) e Paulo Autuori (40 jogos)
2006 (1º) - Muricy Ramalho (38 jogos)
2007 (1º) - Muricy Ramalho (38 jogos)
2008 (1º) - Muricy Ramalho (38 jogos)
2009 (3º) - Muricy Ramalho (6 jogos), Milton Cruz (1 jogo) e Ricardo Gomes (31 jogos)
2010 (9º) - Ricardo Gomes (12 jogos), Milton Cruz 1 jogo), Sergio Baresi (14 jogos) e Paulo César Carpegiani (11 jogos)
2011 (6º) - Paulo César Carpegiani (8 jogos), Milton Cruz (3 jogos), Adílson Batista (20 jogos) e Emerson Leão (7 jogos)
2012 (4º) - Emerson Leão (6 jogos), Milton Cruz (2 jogos) e Ney Franco (30 jogos)
2013 (9º) - Ney Franco (5 jogos), Milton Cruz (2 jogos), Paulo Autuori (12 jogos) e Muricy Ramalho (19 jogos)
2014 (2º) - Muricy Ramalho (38 jogos)
2015 (4º) - Milton Cruz (9 jogos), Juan Carlos Osório (24 jogos) e Doriva (5 jogos)
2016 (10º) - Edgardo Bauza (18 jogos), André Jardine (2 jogos), Ricardo Gomes (16 jogos) e Pintado (2 jogos)
2017 (13º) - Rogério Ceni (11 jogos), Pintado (1 jogo) e Dorival Júnior (26 jogos)
2018 (5º) - Diego Aguirre (33 jogos) e André Jardine (5 jogos)
2019 (6º) - Cuca (21 jogos) e Fernando Diniz (17 jogos)
2020 (4º) - Fernando Diniz (33 jogos)

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