Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Apenas Corinthians, Flu e Santos utilizaram a camisa 24 no Brasileirão
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No final de junho, o grupo LGBTQIA+ entrou na Justiça contra CBF, pedindo explicações pela falta da camisa 24 na seleção brasileira na disputa da Copa América. Como todos sabemos, número está associado, no jogo do bicho, ao veado, também maneira antiga de se referir pejorativamente aos homens gays. Mas não assume, claro: a entidade alegou que a numeração utilizada pelos atletas tinha relação com questões desportivas apenas.
Hoje, pouca gente se importa com isso: o vocativo é usado inclusive de maneira carinhosa desde dos grupos LGBT. Mas tem quem ainda use como xingamento. E o futebol ainda acha que essa associação infantil (do número e do animal) pode ser prejudicial para jogadores e torcida.
Mas o número 24 ainda é um tabu em muitos clubes do futebol brasileiro, que desde o início do século 21 usam numerações que vão do 1 ao 99. No atual Brasileirão, apenas 3 dos 529 jogadores que entraram em campo vestiram a camisa 24: o volante colombiano Cantillo, do Corinthians (vale lembrar que fora do Brasil ninguém liga pra isso), o volante Kevin Malthus, do Santos, e o zagueiro Nino, do Fluminense.
Nesse Brasileirão 2021, a CBF tentou emplacar a numeração fixa para todos os clubes. A ideia da entidade era que uma empresa só fornecesse os números para gerar receita. Algo como é feito na Premier League. Mas a ideia não agradou. E ainda assim, três clubes seguem sem numeração fixa: América-MG, Atlético-GO e Cuiabá.
Entre os outros 16 clubes com numeração fixa, além de Corinthians e Santos, outros quatro clubes têm jogadores com a camisa 24, porém que ainda não jogaram nesse Brasileirão. Maioria deles sendo terceiros ou quartos goleiros no elenco, como Artur Gaze (São Paulo), Anthoni (Internacional) e Leandro (Bahia). No Red Bull Bragantino, o venezuelano Cesar Haydar, zagueiro, também leva a 24 nas costas. Mas é outro gringo, como Cantillo.
Nunca é tarde para que clubes e jogadores revejam esses preconceitos no futebol. Muitos desses times ou atletas, engajados na causa a favor das minorias, poderiam tomar à frente e acabar com essa bobagem.
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