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Rodolfo Rodrigues

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Palmeiras busca primeira vitória contra o São Paulo pela Libertadores

Igor Gomes disputa bola com Marcos Rocha, durante a partida entre São Paulo e Palmeiras - Paulo Pinto/São Paulo FC
Igor Gomes disputa bola com Marcos Rocha, durante a partida entre São Paulo e Palmeiras Imagem: Paulo Pinto/São Paulo FC

Colunista do UOL

10/08/2021 04h00

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Finalistas do Paulistão 2021, São Paulo e Palmeiras voltam a se enfrentar nesta terça-feira (10), numa partida de mata-mata na temporada 2021, que já tem inclusive o recorde de jogos entre as duas equipes na história (7 confrontos).

O esperado confronto, que definirá um semifinalista na Libertadores, vem recheado de tabus. Na história da competição, em 8 jogos, o Palmeiras ainda não conseguiu vencer o São Paulo. Em 8 jogos, foram 6 vitórias do Tricolor e 2 empates. Curiosamente, em todas as edições em que os dois se enfrentaram pela Libertadores, o São Paulo acabou como finalista.

Em 1974, os dois times se enfrentaram pela primeira vez na competição sul-americana ainda na primeira fase. O São Paulo, então vice-campeão brasileiro, ganhou os dois jogos do Palmeiras, campeão brasileiro de 1973 sobre o próprio Tricolor (2 x 0 e 2 x 1), ficando em 1º no Grupo 2, que tinha ainda os bolivianos Deportivo Municipal e Jorge Wilstermann. Na decisão, o São Paulo acabou sendo vice ao perder a final para o Independiente-ARG.

Em 1994, nas oitavas de final, os dois rivais fizeram um confronto pra lá de esperado. O São Paulo de Telê Santana, bicampeão da Libertadores, tinha craques como Cafu, Müller, Leonardo, Zetti, todos que fizeram parte da seleção do tetra. O Palmeiras, campeão brasileiro e paulista, do técnico Luxemburgo, tinha também jogadores do tetra (Mazinho e Zinho) e grandes jogadores como Roberto Carlos, Edmundo, César Sampaio, Evair, Rincón, Edílson e Antônio Carlos.

Antes da Copa de 1994, os times empataram por 0 x 0. Depois do tetra, o São Paulo se classificou ao vencer por 2 x 1 com dois gols de Euller. Evair, no finalzinho, descontou para o Palmeiras. Mas, como em 1974, o São Paulo acabou como vice —perdeu a final para o Vélez Sarsfield.

Em 2005, ano em que conquistou o tri, o São Paulo passou pelo Palmeiras, com folga, com duas vitórias: 1 x 0 fora (gol de Cicinho) e 2 x 0 no Morumbi (gols de Ceni e Cicinho). Já em 2006, novamente nas oitavas, o São Paulo despachou mais uma vez o Palmeiras. Após o 1 x 1 no primeiro jogo, fez 2 x 1 no Morumbi e avançou para as quartas. Na final daquele ano, porém, perdeu o título para o Inter.

Em 2021, o São Paulo vem também com um retrospecto positivo. Em quatro jogos, venceu dois, empatou dois, marcou 3 gols, não sofreu gol e ainda conquistou o título do Paulistão sobre o Palmeiras. Contando a temporada 2020, o São Paulo vem com uma invencibilidade de 7 jogos sobre o rival (3 vitórias e 4 empates). No Allianz Parque, onde ficou 9 jogos sem vitória desde a estreia do estádio, em 2014, o São Paulo quebrou o jejum em 2020.

No geral, o Choque-Rei começou a temporada equilibradíssimo, com 109 vitórias para cada lado e 107 empates em 325 jogos. Com as duas vitórias em 2021, o São Paulo tomou a frente, tendo agora 111 vitórias contra 109 do rival.

Por outro lado, o atual campeão Palmeiras chega para essa decisão com uma invencibilidade histórica na Libertadores. Sem perder há 13 jogos fora de casa, o time de Abel Ferreira detém a maior marca como visitante desde 1960 no torneio.

Mais jogos sem derrota como visitante na história da Libertadores (1960-2021):
13 - Palmeiras (2019-2021)
12 - River Plate-ARG (2018-2019)
10 - Boca Juniors-ARG (1966-1970)
10 - Vasco (1998-2001)
9 - Colo-Colo-CHI (1989-1991)
9 - Racing-ARG (1967)
8 - Corinthians (2012-2013)
8 - Nacional-URU (2016-2017)
8 - Olimpia-PAR (1979-1981)
8 - River Plate-ARG (1986-1987)
8 - Santos (2020-2021)
8 - Vélez Sarsfield-ARG (2006-2007)

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