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Rodolfo Rodrigues

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rodolfo Rodrigues: Brasileirão vive seca de goleadores

O volante Edenilson é um dos artilheiros do Brasileirão - PEDRO H. TESCH/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
O volante Edenilson é um dos artilheiros do Brasileirão Imagem: PEDRO H. TESCH/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

08/10/2021 04h00

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O Campeonato Brasileiro de 2021 está chegando a sua reta final, no último terço, e até agora vivemos uma seca de gols entre os artilheiros da competição. Depois de 24 rodadas, temos três jogadores empatados na liderança da tabela de goleadores com apenas nove gols marcados — Bruno Henrique (Flamengo), Gilberto (Bahia) e Edenílson (Internacional).

A essa altura da competição, nas edições anteriores do Brasileirão por pontos corridos com 20 clubes (desde 2006), apenas uma vez tivemos um artilheiro com menos de dez gols. Em 2006, o meia Cícero, então no Figueirense, era o artilheiro com sete gols. Naquele ano, Souza, do Goiás, foi o artilheiro com 17 gols.

Artilheiros do Brasileirão (2006-2021) até a 24ª rodada:
2006 - Cícero (Figueirense) 7 gols
2007 - Josiel (Paraná) 16 gols
2008 - Kléber Pereira (Santos) 17 gols
2009 - Adriano (Flamengo) e Jonas (Grêmio) 12 gols
2010 - Jonas (Grêmio) 12 gols
2011 - Borges (Santos) 18 gols
2012 - Vágner Love (Flamengo) e Fred (Fluminense) 11 gols
2013 - Éderson (Athletico-PR) 15 gols
2014 - Marcelo Moreno (Cruzeiro) 12 gols
2015 - Ricardo Oliveira (Santos) 16 gols
2016 - Robinho (Atlético-MG) e Gabriel Jesus (Palmeiras) 11 gols
2017 - Henrique Dourado (Fluminense) 14 gols
2018 - Gabigol (Santos) 12 gols

2019 - Gabigol (Flamengo) 18 gols
2020 - Thiago Galhardo (Internacional) 15 gols

Em 2021, o volante Edenílson, do Inter, anotou seis dos seus nove gols de pênalti. Entre os artilheiros, Bruno Henrique foi o único que não marcou gol de pênalti. Gilberto, do Bahia, fez dois dos seus nove gols em penalidades. Um pouco mais abaixo na lista dos principais artilheiros, temos Ytalo (Red Bull Bragantino) e Hulk (Atlético-MG), com oito gols cada, seguidos por Yuri Alberto (Inter), Robson (Fortaleza) e Matheus Peixoto (Juventude), todos com sete gols. Desses, Matheus Peixoto já deixou o campeonato — foi para o Metal Kharkiv-UCR.

Em 2011 e 2019, Borges (Santos) e Gabigol (Flamengo), tinham 18 gols nessa 24ª rodada. O dobro de gols dos atuais artilheiros da competição. Gabigol terminou aquele campeonato com 25 gols, um recorde desde 2006. Para que um desses artilheiros com nove gols alcance essa marca, seriam necessários 16 gols nas próximas 14 rodadas. Algo pouco provável.

Em 2014, o Brasileirão teve o artilheiro com menos gols nesse novo formato. Na verdade, três artilheiros: Diego Souza (Sport), Fred (Atlético-MG e Fluminense) e William Pottker (Ponte Preta), todos com 14 gols. Do jeito que estamos, é capaz que tenhamos um artilheiro com menos gols até.

Principais artilheiros por clube no Brasileirão 2021 até a 24ª rodada:
América-MG: Ademir (4 gols)
Athletico-PR: Terans (5 gols)
Atlético-GO: Zé Roberto (5 gols)
Atlético-MG: Hulk (8 gols)
Bahia: Gilberto (9 gols)
Ceará: Rick (4 gols)
Chapecoense: Anselmo Ramon (4 gols)
Corinthians: Jô (6 gols)
Cuiabá: Élton (6 gols)
Flamengo: Bruno Henrique (9 gols)
Fluminense: Luiz Henrique (4 gols)
Fortaleza: Robson (7 gols)
Grêmio: Borja (4 gols)
Internacional: Edenílson (9 gols)
Juventude: Matheus Peixoto (7 gols)
Palmeiras: Breno Lopes (5 gols)
Red Bull Bragantino: Ytalo (8 gols)
Santos: Marinho e Marcos Gullherme (4 gols)
São Paulo: Rigoni (4 gols)
Sport: Mikael (3 gols)

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