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Rodolfo Rodrigues: Willian poderia ser mais produtivo no Corinthians
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Na vitória do Corinthians sobre o Bragantino no último domingo (27), por 1 x 0, na Neo Química Arena, o atacante Willian foi um dos melhores em campo e muito elogiado por jornalistas e torcedores. Desde que voltou ao Corinthians, em setembro de 2021, o jogador vem chamando a atenção pelo raciocínio rápido, pela facilidade em driblar e também pela qualidade no passe.
Mas apesar de dar essa impressão de ser um jogador diferenciado dos demais em campo, Willian acaba sendo um jogador comum no quesito produtividade. Desde o dia 19 de setembro de 2021, quando fez sua reestreia contra o América-MG, o atacante disputou 15 jogos, sendo 6 apenas como titular, sem ter atuado os 90 minutos em nenhuma dessas partidas.
Nesses 15 jogos, Willian marcou apenas um gol, na vitória contra o São Bernardo por 3 x 0, e de pênalti ainda. Além disso, deu somente duas assistências, ambas no Brasileirão 2021. Nesse Paulistão, em 6 jogos, não deu nenhum passe para gol dos companheiros. Nos tempos de Chelsea e Shakhtar, Willian acabou ganhando destaque justamente nesse fundamento.
É claro que com Willian em campo o Corinthians ganha muito em qualidade. Tanto é, que dos 15 jogos que esteve em campo, o time perdeu apenas um — contra o Ceará. O jogador muitas vezes inicia jogadas de ataque, dá arrancadas, abre espaços, mas em termos de gols e assistências, fica devendo. Algo até parecido com o que foi lá atrás, em sua primeira passagem pelo clube, em 2007. Naquele ano, foram 41 jogos disputados, somente 2 gols marcados, ambos num empate contra o Athletico-PR, e 2 assistências. No total, pelo Corinthians, contando 2007 e 2021/22, foram 56 jogos, 3 gols marcados e 4 assistências.
No Paulistão 2021, em seis jogos disputados, segundo o SofaScore, Willian tem uma média de 1,7 finalização por jogo e o mesmo número de passes decisivos por partida (1,7), deixando os companheiros em situação de gol — porém, nenhuma se concretizou. Willian acertou apenas 24% dos cruzamentos que deu (em média 1,2 por jogo). Além disso, acerta em média 1,8 drible por jogo (55% de acerto) e perde a bola, em média, 9,8 vezes por partida.
Quem vê Willian em campo, claro, não se atenta muito a isso. Ele é muito querido pela torcida. Está sendo tentando jogadas de efeito, consegue dar início a boas jogadas e passa a impressão de que vai arrebentar e acabar com o jogo o tempo todo. Mas ao fim de cada partida, é quase sempre o mesmo. Sem gol ou sem assistência.
Willian, aos 33 anos, ainda não está 100% fisicamente no Corinthians. Pode evoluir nessa questão e melhorar o seu rendimento. É o que se espera dele. Conseguindo isso, aliás, poderia até sonhar em voltar para a seleção brasileira de Tite e cavar um espaço na Copa do Mundo do Qatar.
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