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Rodolfo Rodrigues

OPINIÃO

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8 curiosidades do Brasileirão que terá recorde de técnicos estrangeiros

Antonio Mohamed, técnico do Atlético-MG - Fernando Moreno/AGIF
Antonio Mohamed, técnico do Atlético-MG Imagem: Fernando Moreno/AGIF

08/04/2022 04h00

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Vai começar neste sábado (9) mais uma edição do Campeonato Brasileiro. A 20ª na era dos pontos corridos (desde 2003), a 52ª se considerarmos seu início em 1971 ou a 66ª se levarmos em conta as edições do Robertão e da Taça Brasil, que começou lá atrás, em 1969.

Para a atual edição, o Brasileirão contará pela 17ª vez com 20 clubes no esquema de pontos corridos e terá como novidade o número recorde de treinadores estrangeiros. Dos 20 participantes da Série A de 2022, quase metade (9) tem técnico gringo no comando. Em 2021, tivemos o recorde de 8 técnicos estrangeiros, sendo 7 ao mesmo tempo.

Agora, só de Portugal serão quatro treinadores: Abel Ferreira (Palmeiras), Paulo Sousa (Flamengo), Vítor Pereira (Corinthians) e Luís Castro (Botafogo). Da Argentina, são mais três: António Mohamed (Atlético-MG), Fabián Bustos (Santos) e Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza). Completam o time de estrangeiros o uruguaio Alexander Medina (Internacional) e o paraguaio Gustavo Morínigo (Coritiba).

O Brasileirão vai começar sem o seu último treinador campeão (Cuca, que está sem clube) e com apenas dois técnicos que já ganharam a competição: Abel Braga (campeão em 2012 com o Fluminense, seu clube atual) e Rogério Ceni (que está no São Paulo e foi campeão pelo Flamengo em 2020). Dos técnicos que foram campeões recentemente, além de Cuca, outros que estão sem clube são Fábio Carille (2017), demitido recentemente pelo Santos, além de Felipão (2018) e Marcelo Oliveira (2013 e 2014).

Outra curiosidade deste ano é que o Brasileirão vai começar mais cedo, no início de abril, e vai terminar em novembro pela primeira vez na era dos pontos corridos. A 38ª rodada será no dia 13 de novembro, oito dias antes do começo da Copa do Mundo de 2022 no Qatar (21/11).

Entre os 20 participantes de 2022, não teremos a presença de três dos considerados 12 grandes: Grêmio (rebaixado em 2021), Cruzeiro e Vasco (que seguem na Série B). Em 2021, tivemos a ausência de três também (Botafogo, Cruzeiro e Vasco). O Fogão, porém, com o título da Série B, está de volta, assim como o Goiás (que jogou a última vez em 2020), Coritiba e Avaí (que caíram em 2019).

Com o retorno do Goiás e a permanência de Atlético-GO e Cuiabá, a região Centro-Oeste terá o maior número de representantes na era dos pontos corridos e desde 1986 no Brasileirão. Por outro lado, a região Nordeste, após a queda de Bahia e Sport, terá somente dois representantes e de apenas um estado: Fortaleza e Ceará.

Com o fim do jejum do Atlético-MG no Brasileirão, depois de 50 anos, o time que tem agora a maior seca de títulos, entre aqueles que já foram campeões, é o Guarani, que foi campeão em 1978, há 44 anos. Entre os clubes da Série A de 2022, o Inter é quem tem o maior jejum (43 anos), seguido por Coritiba (37), Botafogo (26), Athletico-PR (21), Santos (18), São Paulo (14) e Fluminense (10).

Entre os 10 jogadores com mais partidas disputadas no Brasileirão desde 1959, apenas dois estarão na disputa em 2022: o atacante Wellington Paulista, do América-MG, e o lateral esquerdo Fábio Santos, do Corinthians. Wellington Paulista, com 413 jogos, é o 5º com mais jogos, mas não tem como alcançar o 4º colocado, Diego Souza (472 jogos). O atacante do Grêmio, aliás, não vai jogar o Brasileirão na Série A depois de 19 edições consecutivas. Assim, Fábio Santos, que vai para sua 20ª edição, será o único a disputar todas as edições do Brasileirão na era dos pontos corridos.

Entre os dez maiores artilheiros da história do Brasileirão, desde 1959, apenas o veterano Fred está na disputa deste ano. Segundo maior goleador com 157 gols, o atacante do Flu conseguiu superar Romário (154) e Edmundo (153) na última edição, mas, dificilmente, vai igualar o recordista Roberto Dinamite (190). Entre os jogadores em atividade, quem pode chegar ao top 10 é Wellington Paulista, que tem 106 gols, dez a menos que Luis Fabiano (116). Gabigol, o jogador com mais gols nos últimos anos (93), é outro que pode chegar lá.

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