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Rodolfo Rodrigues

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Jogaço entre City e Real é uma aula de futebol e até de arbitragem

De Bruyne e Alaba brigam pela bola durante Manchester City x Real Madrid, válido pela Champions League - Lee Smith/Reuters
De Bruyne e Alaba brigam pela bola durante Manchester City x Real Madrid, válido pela Champions League Imagem: Lee Smith/Reuters

Colunista do UOL

26/04/2022 17h54

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Quem conseguiu ver a semifinal entre Manchester City e Real Madrid nesta terça-feira (26) pode se sentir um privilegiado. Dois dos melhores times da atualidade deram uma aula de futebol ofensivo e qualidade e protagonizaram um dos melhores jogos da história da competição. Nesse jogaço, até a arbitragem de Istvan Kovacs, da Romênia, merece elogios.

Na vitória do Manchester City sobre o Real Madrid, por 4 x 3, tivemos de tudo. O time inglês, como esperado, se atirou ao ataque desde os segundos iniciais e conseguiu abrir o placar logo aos 93 segundos, com Kevin De Bruyne, no gol mais rápido de uma semifinal de Champions.

Sem perder o embalo, o City seguiu pressionando e sufocando o Real e aos 11 minutos ampliou com Gabriel Jesus. Numa excelente jogada, o brasileiro girou pra cima do zagueiro Alaba e fez um belo gol, típico de centroavante. Autor de 4 gols no final de semana pelo Campeonato Inglês, Gabriel Jesus voltou a marcar, se firmando na equipe titular de Guardiola.

Mesmo em vantagem, o City não diminuiu o ritmo, mas foi punido depois de perder várias oportunidades de gol. No famoso quem não faz toma, o time inglês foi castigado justamente pelo time com a camisa mais pesada da história da Liga dos Campeões. Assim, aos 33 minutos, depois de um ótimo cruzamento de Mendy, o iluminado Benzema diminuiu.

No segundo tempo, o jogo seguiu na mesma toada, com lances de ataque para os dois lados e um futebol extremamente ofensivo. Aos 8 minutos, depois de uma jogada brilhante do brasileiro Fernandinho, o City ampliou para 3 x 1 com Phil Foden. Fernandinho, que fez seu 102º jogo pela Champions, roubou a bola de Vinícius Júnior e cruzou na cabeça de Foden.

Dois minutos depois, porém, o Real diminuiu, como Vini dando o troco em Fernandinho. Depois de receber a bola no meio de campo, Vini deu um drible de corpo em Fernandinho e deu uma arrancada espetacular até a pequena área, quando tocou na saída de Ederson. Golaço, que deixou o jogo mais emocionante ainda.

Aos 29 minutos, depois de uma jogada em que o árbitro romeno Istvan Kovacs aplicou muito bem a lei da vantagem numa falta em Zinchenko, Bernardo Silva aproveitou e marcou o gol mais bonito da partida, acertando o ângulo de Courtois. Com dois gols de vantagem outra vez, o City teve até chance de marcar o 5º, mas, novamente, sofreu com o incansável Real Madrid.

Aos 40 minutos, o zagueiro Laporte colocou a mão na bola após cruzamento pela direita. O árbitro novamente acertou e marcou a penalidade, sem precisar do VAR. Benzema, com frieza e cavadinha, fez o gol, diminuiu o placar e alcançou a artilharia da Liga dos Campeões, agora com 14 gols, um a mais que Lewandowski.

Jogo para ficar na história. Segundo as estatísticas do SofaScore, o City teve mais posse de bola (60% x 40%), mais finalizações (16 x 11) e mereceu a vitória. Outra vez, o time de Guardiola mostrou força como mandante, chegando a 20 jogos sem derrota pela Liga dos Campeões.

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