'Torres Gêmeas' podem ser determinantes para o Botafogo fugir do Z4
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As parcas quatro vitórias nas 26 rodadas disputadas até aqui dizem por si só. O Botafogo vive um dos piores Brasileirões de sua história. Rebaixado em outras duas ocasiões, o Glorioso, agora sob o comando de Eduardo Barroca, tenta evitar o terceiro descenso nacional em apenas 18 anos. E mesmo distante daquilo que o treinador pensa como ideal, o aproveitamento específico de duas peças do limitado elenco alvinegro pode indicar um caminho.
Pedro Raul e Matheus Babi chegaram este ano ao clube. Pedro depois de se destacar na Série B pelo Atlético Goianiense. E Babi após um bom Estadual pelo Macaé. Centroavantes com mais de 1,90m, o que é bem raro no futebol brasileiro. Foram utilizados poucas vezes como dupla de ataque ao longo da temporada. Mas sempre que atuaram juntos desta forma elevaram a média de gols do Glorioso. O time dura, em média, 30 minutos a menos para marcar com os dois em campo.
Talvez esteja em produzir mais jogadas para aproveitar a altura de ambos uma maneira de ser mais competitivo. Causar danos e incômodo aos adversários com frequência. Marcar mais gols e automaticamente conseguir os cerca de 22 pontos projetados para fugir do rebaixamento.
Barroca, desde a base, sempre pregou algo totalmente diferente. Gosta de equipes que construam ''por baixo'', trocando passes curtos, se estabelecendo com calma em ataques mais posicionais e buscando triangulações para criar. Abrir mão desse estilo pode ser determinante para que o Botafogo tenha condições de lutar.
A conclusão é alcançada após uma breve olhada no elenco. Os nomes contratados para serem os diferenciais não vingaram. Honda chegou a ter bons momentos, mas não consegue se impor fisicamente nos jogos e sua qualidade técnica fica em segundo plano. Kalou é outro que vive às voltas com problemas físicos. Não conseguiu justificar sua vinda em nenhum momento.
Caio Alexandre e Bruno Nazário são bons articuladores, mas não parecem prontos para conduzir tecnicamente um time que tenta uma construção de jogadas mais elaborada. Por que não privilegiar um modelo ofensivo pautado em ligações diretas para a dupla ou cruzamentos na área após o ganho da ''segunda bola''?
Certamente faltaria velocidade e mobilidade em alguns momentos, mas isso poderia ser minimizado com a dinâmica que outros atletas podem oferecer pelos flancos ou no setor de meio-campo.
É claro que uma maneira de jogar não é simplesmente verbalizada aos jogadores pela comissão técnica. Ela precisa ser exercitada no dia a dia, em movimentos executados no treinamento e na metodologia de trabalho. Ressalta-se, porém, um caráter mais ''simplista'' nesta forma de atuar. De assimilação mais rápida.
Com ''semanas cheias'' na maioria dos casos até o final da competição, Barroca pode romper um pouco com seu DNA de jogo em nome de mais competitividade. Ampliar o repertório que costuma apresentar na carreira e, de quebra, entrar para a história do Glorioso como o técnico que livrou o clube de um virtual rebaixamento. Poderia também ganhar fôlego para reiniciar um projeto do zero do ano que vem, mais voltado àquilo que acredita dentro de campo, e montando um elenco para isso.
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