Kaio Jorge cresce e aparece sob o comando de Cuca
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Um dos jogadores mais privilegiados com a troca de comando técnico no Santos foi o jovem atacante Kaio Jorge. Com apenas 18 anos, ele confirma o DNA formador do Peixe em sua segunda temporada estabelecida como profissional do clube. Kaio não é um jogador de área. Por mais que tenha histórico goleador na base, tem como ponte forte a circulação na intermediária para auxiliar na criação de jogadas.
Com Jesualdo Ferreira, que buscava implementar um ataque mais posicional no Santos, quando os atletas se movimentam num espaço restrito do campo e precisam ''guardar'' aquela posição, Kaio foi titular em cinco dos 15 jogos e entrou em outros quatro, mas não conseguiu render o mesmo que hoje.
Com Cuca, adepto de mais liberdade de movimentação dos atletas por outros setores e trocas de posição, Kaio faz constantes movimentos de recuo para buscar a bola na intermediária. Se aproxima de Pituca e Sandry para ajudar na criação de espaços e distribuição dos passes no setor. Como tem qualidade no fundamento e visão de jogo apurada para a idade que tem, consegue contribuir mais com o time.
Desde que o técnico brasileiro chegou ao Santos, Kaio Jorge só não foi titular em quatro das 34 partidas em que esteve à disposição da comissão técnica. Inclusive foi o próprio Cuca quem deu a primeira oportunidade ao camisa 9 no time profissional do Santos. Na passagem dele pela Vila Belmiro em 2018, promoveu a estreia do atacante com apenas 16 anos em um jogo contra o Athlético Paranaense, pelo Campeonato Brasileiro.
De lá pra cá, Kaio fez mais alguns jogos na base e passou boa parte de 2019 no banco de reservas com Jorge Sampaoli. Foi também peça-chave no título mundial Sub-17 conquistado pela Seleção Brasileira no ano passado. Com cinco gols, um deles na final, terminou como vice-artilheiro da competição.
Outra característica de jogo dele que vem encaixando bem no estilo de Cuca é a capacidade de auxiliar na marcação. Numa era em que os atacantes não podem mais dar o famoso ''migué'' no momento defensivo, sobretudo na hora em que as equipes sobem o bloco de marcação, Kaio mostra-se ativo. Recentemente se destacou bastante contra o Grêmio nesse aspecto. Mostrou força para duelos diante de zagueiros experientes. Resistiu bem a contatos.
Coletivamente falando, ainda faltam mecanismos coletivos no ataque santista quando Kaio Jorge sai da área. Cuca projeta os pontas em diagonal quando isso acontece, tentando atacar o espaço por trás da defesa adversária, mas isso nem sempre é tão bem coordenado. Nos momentos em que atuou ao lado de Bruno Marques, atacante de área do elenco, pôde flutuar pela intermediária com mais tranquilidade, e o time não perdeu profundidade.
A projeção do nível que pode alcançar é animadora! Precisa evoluir nas finalizações e nas jogadas aéreas. Ainda há tempo para trabalhar essas valências e somá-las às citadas acima, além da velocidade e explosão que possui em espaços curtos. A fábrica santista produziu mais um jogador interessantíssimo. Se utilizado no contexto correto como neste momento, se destaca.
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