Descartável? Com Mancini, Gabriel recupera o desempenho no Corinthians
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A evolução do Corinthians como equipe auxilia no crescimento de um jogador bastante criticado pela Fiel há bem pouco tempo. O volante Gabriel vem sendo escalado como titular por Vagner Mancini há nove jogos consecutivos, já havia entrado em outros três, e neste período mostra um rendimento muito diferente do que vinha sendo realidade. Começa a lembrar o Gabriel de 2017 e do Botafogo no início da década.
No Timão há quatro temporadas, o camisa 5 teve momentos de destaque. Chegou ao clube após passagem pelo Palmeiras e foi campeão brasileiro com Fabio Carille. Titular naquela campanha, manteve-se com regularidade no time em 2018, e a partir da temporada seguinte perdeu espaço. Passou a ser corretamente questionado por um desempenho afobado e às vezes violento sem a bola, e por pouco acrescentar quando o time atacava.
Gabriel não é um volante exatamente criativo. Sua principal característica é a pegada na marcação, capacidade de antecipação e a velocidade nas transições defensivas, além do bom senso de coberturas que possui, mas vem mostrando que sempre pôde oferecer mais do que vinha fazendo.
Se não tira da cartola passes tão precisos e gere o jogo como outros atletas de sua posição, ao menos entrega dinâmica na circulação da bola, tem mobilidade para se desmarcar e abrir espaços para os companheiros na saída ou na zona de articulação das jogadas. Faz o ''feijão com arroz bem temperado'', sem grandes brilhos, mas contribuindo.
Precisa ter ao seu lado um volante mais criativo para não ficar sobrecarregado na iniciação dos ataques. Fabio Santos e Fágner, laterais de bom passe, também o auxiliam. Pode ser um bom coadjuvante neste momento, mas não o ''ator principal''. Nos últimos dois jogos formou dupla com Ramiro na ''volância'' e as coisas funcionaram, mas o companheiro de posição com quem mais atuou na ''Era Mancini'' e que oferece o melhor encaixe é o colombiano Cantillo, que possui visão de jogo apurada e qualidade no passe.
Com o crescimento do time nos últimos jogos tem sido visto até mais a frente quando o Corinthians se estabelece no campo de ataque, buscando se aproximar dos companheiros na região da bola, gerar superioridade numérica e estabelecer mais uma linha de passe.
As estatísticas dele com Vagner Mancini confirmam a subida de produção ofensiva. A crescente no acerto das ações em campo, nos passes, o número de finalizações triplicado e até o fato de perder mais bolas por jogo explicam uma participação mais extensa com a posse. Defensivamente também houve melhora. Diminuiu drasticamente os cartões amarelos, passou a ganhar mais duelos defensivos e interceptar mais bolas.
De descartável há poucos dias, Gabriel passou a ser peça fundamental no Corinthians que começa a brigar por uma vaga na Libertadores. Um time organizado e o contexto correto para as características de determinados atletas provocam melhora considerável. O camisa 5 é só mais um exemplo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.