Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Ceará qualifica elenco e evidencia viés de crescimento na Série A
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Na temporada 2021, o Vozão disputará o seu quarto campeonato seguido na elite do futebol brasileiro. O fato é inédito desde que o Brasileirão passou a ser disputado por pontos corridos. O clube chegou a ficar 16 anos sem aparecer na competição, e o desempenho em 2020, somado ao atual potencial de investimento, prova que o Ceará pode estar vivendo um dos melhores momentos de sua história.
Não que o Alvinegro vá de repente revolucionar o mercado de transferências, mas dentro de suas possibilidades financeiras fez movimentos interessantes, melhorando o elenco e oferecendo novas peças para o técnico Guto Ferreira, que foi mantido após o bom trabalho em 2020. Melhorar o 11º lugar obtido na última Série A é possível caso as coisas permaneçam neste padrão.
A melhor posição do Ceará na história de um Nacional foi a 3ª colocação na Taça Brasil de 1964, quando perdeu nas semifinais para o Flamengo. Repetir a dose talvez seja sonhar alto demais em 2021, mas a Libertadores é palpável. O Vozão ficou a apenas dois pontos do Santos, último classificado para a competição via Brasileirão. Garantiu vaga na Copa Sul-Americana e tem condições de fazer boa figura internacional.
Detalhei aqui mesmo no blog como Guto Ferreira costuma montar o Ceará. Ele recebeu até aqui nove novos jogadores e perdeu sete, dois deles titulares do time base de 2020. Samuel Xavier foi para o Fluminense e Léo Chú voltou para o Grêmio, clube que detém seus direitos. Fernando Prass se aposentou, o também goleiro Diogo Silva foi para o CRB. O zagueiro Eduardo Brock para o Cruzeiro, e o atacante Mateus Gonçalves para o Cerro Porteño. Leandro Carvalho também rumou para o América Mineiro. Felipe Baixola é outro que deve deixar o clube com o fim de seu vínculo.
Entre as chegadas, se destacam o goleiro João Ricardo, que eleva bastante o nível da posição, o atacante Jael, especialista em pivôs e presença na área como gosta Guto, e os pontas Steven Mendoza e Yoni Gonzalez, muito preparados para atuar em velocidade nas transições ofensivas, como prevê constantemente o modelo de jogo da equipe.
O volante Willian Oliveira, que fez uma ótima Série B pela Chapecoense, também pode ganhar espaço pela qualidade na distribuição das jogadas, fator que não está presente de forma tão extensa nos outros ''camisas 5'' do elenco. Os meias Marlon e Jorginho trazem competitividade e equilíbrio com as peças que deverão ser titulares. Já o zagueiro Jordan e o goleiro Vinícius Machado chegam para se desenvolver.
Ainda no 2º turno do Brasileirão, o clube já havia adquirido Saulo Mineiro, Felipe Vizeu e Pedro Naressi, atletas que deram boas respostas. A manutenção de alguns jogadores importantes também foi primordial. Luiz Otávio, Fernando Sobral, Fabinho e Vina são elementos da espinha dorsal que Guto confia. Certamente podem oferecer estabilidade àqueles que chegam e buscam se adaptar.
O Ceará, mesmo com orçamento mais modesto que clubes outrora gigantes do futebol brasileiro, vem provando que é possível obter resultados e crescer com seriedade e profissionalismo.
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