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Messias e Luiz Otávio podem formar a melhor dupla de zaga do Brasil
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Abordei aqui no blog, há dois meses, o ótimo trabalho feito pelo Ceará no mercado de transferências. O Vozão fortaleceu o plantel, o que somado com a continuidade do projeto de Guto Ferreira, deve render frutos ao clube em 2021. No final de março, o Alvinegro anunciou a contratação do zagueiro Messias, uma excelente empreitada. Ao lado de Luiz Otávio, ele vem formando uma dupla que dará muito o que falar no Brasileirão.
Messias é natural do interior do Espírito Santo e foi revelado na base do América Mineiro, clube que defendia com destaque até ser adquirido pelo Ceará. No Coelho, se profissionalizou em 2015 e foi titular ao longo de três temporadas. Chegou a ser emprestado ao Rio Ave, de Portugal, em 2018, mas não conseguiu notoriedade no futebol europeu. Foi muito importante em dois acessos do time mineiro da Série B para a Série A.
Recentemente havia virado objeto de desejo de diversos clubes brasileiros pela solidez de seu jogo. É muito bom na bola aérea, tem velocidade, bom posicionamento e firmeza nos duelos individuais. Sua saída de bola ainda precisa de algumas melhorias, mas não compromete ao construir e encaixa perfeitamente naquilo que Guto Ferreira pensa para o Ceará.
Luiz Otávio é um protótipo perfeito daquilo que clubes com pouco poder aquisitivo buscam no mercado. Chegou ao Vozão já com 28 anos, em 2017, depois de se destacar pelo Sampaio Corrêa e pelo Icasa na Série B. Do interior do Rio de Janeiro, foi revelado pelo Friburguense e passou por Angra dos Reis, Madureira e Macaé antes de desembarcar no futebol nordestino.
Capitão do Ceará, Luiz já acumula mais de 200 jogos pelo clube, quase todos como titular, condição que sustenta desde meados de 2017. Assim como Messias, é especialista na ''arte'' de defender a área. Posicionamento impecável, bola aérea muito boa e a virilidade necessária para vencer duelos. Não tem tanta velocidade quanto o seu parceiro de zaga, mas compensa com a experiência de alguns anos enfrentando e anulando atacantes poderosos na Série A. O camisa 13 é um dos símbolos do momento histórico vivido pelo Alvinegro.
Já são oito partidas de parceria e apenas um gol sofrido. Logicamente, o nível de enfrentamento precisa ser considerado. O Brasileirão e as fases agudas da Copa do Brasil reservarão desafios mais difíceis, mas cabe ressaltar que a Copa do Nordeste está acima do nível de alguns Estaduais pelo Brasil, e a Copa Sul-Americana vem sendo disputada pelo clube. Ser vazado apenas uma vez em mais de 720 minutos não é qualquer coisa.
Outro dado que chama a atenção é o número de finalizações permitidas aos adversários. Especialistas em impedi-las, seja com um bloqueio, desarme ou interceptação, Messias e Luiz viram apenas 7,8 arremates, em média, irem na direção da meta do goleiro Richard. Para se ter ideia, o time que menos permitiu conclusões aos rivais no Brasileirão de 2020 foi o Atlético Mineiro: 8,6 por jogo. Seria um recorde!
Quando falamos de defesa não citamos somente uma dupla de zaga. Do mesmo jeito que apenas dois jogadores não podem ser responsabilizados por fatores negativos, a parte positiva não os toca exclusivamente. Mas não há dúvidas que o jogo muitas vezes baseado em organizados contra-ataques do Ceará ganha contornos ainda mais competitivos com uma união tão promissora de defensores. O Vozão deve incomodar demais e pode alçar voos mais altos na Série A de 2021.
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