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Rodrigo Coutinho

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Guia da Série B 2021 - Vitória

Colunista do UOL

27/05/2021 04h00

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O Vitória mais uma vez aposta na força de sua base para fazer uma boa figura no Brasileirão 2021. O 1º semestre foi irregular. Conseguiu chegar nas semifinais da Copa do Nordeste e acabou eliminado pelo Ceará. Natural pela diferença entre os dois times hoje. Mas no Campeonato Baiano, que disputou a maior parte do tempo com os titulares, amargou a quinta colocação e não se classificou para a fase final.

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O Vitória do jovem centroavante Samuel
Imagem: Rodrigo Coutinho

Até mesmo o treinador é uma opção caseira. O ex-lateral-direito Rodrigo Chagas segue no comando. Ele dirigia o time sub-20 até o ano passado, assumiu como interino na reta final da Série B e ajudou o clube a se livrar do rebaixamento. Aos 48 anos, tem em mãos um grupo jovem e que vem sendo reforçado pontualmente pela diretoria. Tudo dentro do limite orçamentário, que trava maiores investimentos.

O zagueiro e capitão Wallace é o nome mais experiente. Raul Prata na lateral também eleva a média de idade do sistema defensivo, mas os problemas na retaguarda baiana precisam ser resolvidos se o time quiser fazer um papel melhor do que o 14º lugar na última Série B. Costuma pressionar a bola com intensidade, mas protege a área de maneira irregular e as coberturas não têm funcionado.

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O provável time-base do Vitória para o início da Série B
Imagem: Rodrigo Coutinho

Outro ponto que o Vitória precisa resolver urgentemente é a parte mental. A equipe se desestabiliza ao sofrer um gol ou não conseguir converter em vantagem no placar a superioridade na posse de bola e o domínio territorial. Dentro de casa ou diante de adversários inferiores, vai tomar a iniciativa de atacar trocando passes curtos e se aproximando no campo de ataque.

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Pontas flutuando pro meio e laterais atacando pelo corredor externo. O Vitória ocupando os espaços ofensivos
Imagem: Rodrigo Coutinho

A saída é feita com três jogadores. O volante entre os zagueiros. Esse movimento libera os laterais em amplitude e os pontas se colocam entre os laterais e zagueiros adversários. David, um dos destaques do time, é mais agudo e ataca a última linha. Já Vico, que se recupera de lesão, se dirige mais ao setor de articulação. O segundo homem de meio se projeta e se alinha ao meia-central. O time também é irregular nessa circulação de bola, precisa de ajustes.

Como faz os gols

Fase ofensiva/ataque apoiado - 46%

Contra-ataque - 19%

Bola parada aérea - 15%

Bola roubada ou recuperada no ataque - 12%

Fase ofensiva/ataque direto - 4%

Falta direta - 4%

Como leva os gols

Fase defensiva - 50%

Transição defensiva - 20%

Bola parada aérea - 15%

Bola perdida na defesa - 10%

Falta direta - 5%