Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Melhora recente de Gustavo Henrique pode facilitar retorno de Arão ao meio
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A lesão de Diego e a saída de Gérson no intervalo de apenas uma semana prometem mexer bastante na estrutura do time do Flamengo. Não bastassem as muitas ausências de titulares importantes disputando a Copa América, o rubro-negro ainda tem o volante Thiago Maia sem o devido ritmo para entrar na equipe e tomar conta da posição ao lado do jovem João Gomes. Gustavo Henrique, que segue sob desconfiança da torcida, aparece como uma opção viável.
Não tem jeito! O momento é de minimizar os danos. Se a saída de Gérson já faria o rubro-negro sofrer para manter o nível que costuma apresentar com todos os seus titulares, a ausência de Diego reforça o cenário. A entrada de João Gomes é certa. O volante fez um bom jogo contra o Cuiabá na última quinta-feira e precisa de minutos para ganhar mais regularidade. Thiago Maia não parece 100% para atuar 90 minutos, e aí o contestado Gustavo Henrique entra na história.
Gustavo falhou recentemente contra a LDU, no Maracanã, e não é o zagueiro dos sonhos da Nação. Bruno Viana, contratado no início da temporada para preencher essa lacuna e disputar vaga no time titular, caiu muito de rendimento e tem avaliação interna negativa neste momento. O que torna o camisa 2 do elenco rubro-negro a primeira opção do banco de reservas para o miolo de zaga. Uma avaliação mais atenta, porém, mostra uma subida de produção do atleta de 1,96m.
Se compararmos os números de Willian Arão, Rodrigo Caio e Gustavo Henrique desde o dia 21 de janeiro, quando Rogério Ceni escalou Arão pela primeira vez como zagueiro, diante do Palmeiras, pelo Brasileirão 2020, veremos que o zagueiro revelado na base do Santos tem um rendimento mais eficiente até que os titulares em determinados quesitos. Pesa contra ele o histórico de falhas decisivas e oscilação comportamental com este cenário. Sente muito quando erra!
As jogadas aéreas, principal característica de Gustavo Henrique, é algo que chama a atenção com os mais de 70% de aproveitamento do defensor. Tem interceptado e recuperado mais bolas pois aprimorou o seu posicionamento e o senso de antecipação, o que é primordial por se tratar de um atleta muito lento.
Outro detalhe importante de frisar é o número de passes verticais, algo que Ceni cobra de seus zagueiros e que é fundamental dentro da proposta de jogo do Flamengo. Gustavo arrisca mais que Arão e Rodrigo Caio. O que pode explicar é o fato de sempre jogar centralizado na ''saída de três'' que ainda tem Filipe Luís à esquerda. Teoricamente tem menos pressão do primeiro combate rival no posicionamento e consequentemente liberdade para arriscar. A eficiência é quase a mesma de Rodrigo Caio no aspecto.
Perde-se velocidade nas transições defensivas, mobilidade para os duelos individuais, recuperação e aceleração para as coberturas. Willian Arão como zagueiro também é garantia de conduções de bola mais produtivas quando o adversário possibilita este avanço e o rubro-negro circula a posse com rapidez. Não tem como não perde nada neste momento. É importante a torcida ter consciência disso.
Gustavo fez 20 jogos no período, Arão 28 e Rodrigo Caio, que teve lesões, jogou em 16 ocasiões. O retorno de Willian Arão ao meio-campo pode ser pontual e enquanto durar o aprimoramento físico de Thiago Maia ou a recuperação de Diego. Desafios e questões que Rogério Ceni precisa resolver para manter sua equipe o mais perto possível do ótimo nível dos últimos meses.
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