Coutinho: Cuca vai precisar criar nova dinâmica para encaixar Diego Costa
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O Atlético lidera de forma isolada o Brasileirão, está nas semifinais da Libertadores e segue vivo na Copa do Brasil. São quase dois meses com uma única derrota na conta e a melhora de desempenho do time é nítida. Se em muitos jogos da temporada o resultado esteve acima do futebol jogado, a partir de julho houve uma equiparação entre os dois fatores. Cuca, porém, terá um fato novo importante para administrar em breve.
O Galo segue contratando e preenchendo um dos principais elencos do continente. O acréscimo da vez é ninguém menos que Diego Costa. Titular em duas Copas do Mundo com a seleção espanhola, o sergipano terá a sua primeira experiência profissional em um clube brasileiro. Aos 32 anos, apesar das lesões que o atrapalharam recentemente, ainda tem muita coisa a fazer, principalmente num futebol de nível inferior ao europeu.
A principal questão nesse momento passa pelo encaixe de Diego Costa no coletivo do time mineiro. Cuca criou um modelo ofensivo de pouca elaboração de jogadas. É uma equipe, como muitas outras treinadas por ele, que tem como ponto forte o volume gerado pela intensidade ao pressionar a saída de bola rival ou reagir rápido ao perder a posse. Tudo feito com intensidade, mas pouco apreço pela ocupação de espaços criteriosa ou coordenação nos movimentos.
E é exatamente nesses últimos dois detalhes que entra o ajuste que mais beneficiou o Atlético. O uso de Hulk como ''homem livre''. O camisa 7 faz a diferença pelo seu potencial técnico e físico, mas a liberdade tática que desfruta acaba casando-se com as características de vários de seus companheiros de frente.
Ele parte da referência. Teoricamente é o ''centroavante'' do Galo, mas na prática circula por toda a intermediária ofensiva, criando espaços de ataques à profundidade por parte dos outros atacantes e meias, com exceção de Nacho, e atrai muito da atenção dos defensores com e sem a bola. Vence duelos, cria, e aparece na sequência para finalizar.
Para Diego Costa se tornar titular do Galo, não há muita margem de opção. Ele é um centroavante de fato. Atua na região central, buscando a área, o contato de costas com os zagueiros, os duelos físicos e a movimentação em ''diagonais curtas'', sempre atacando a profundidade, mas sem longas distâncias como Savarino, Zaracho, Vargas, Tchê Tchê, Keno e outros podem fazer. A ''grosso modo'', ocupa o espaço que hoje vem sendo atacado de forma surpresa pelos atletas citados.
Qual será a proposta de Cuca? Levar Hulk para a ponta-direita, fazendo com que ele se mova em diagonal para a área, como tentou no início da temporada e não deu certo? Montar uma dupla de ataque com Hulk e Diego? Pode ser, mas aí Nacho Fernandez seria ''sacrificado'', tendo que retornar por um dos lados para fechar o setor do lateral adversário. Algo que fugiria das características dele.
Outra alternativa é montar um 4-3-1-2, com Hulk e Diego Costa como atacantes, e Nacho por trás deles. Mas e Savarino? O venezuelano é um dos melhores jogadores do Brasileirão até o momento. Seria injusto sacá-lo. Além de representar um decréscimo na mobilidade do ataque e na velocidade da recomposição.
Não será tão simples como muita gente pensa. Cuca vai precisar exercer sua criatividade e a gestão do vestiário para seguir a evolução do Galo sem perder o controle sobre possíveis insatisfações.
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