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Coutinho: Fla e Barcelona mostram o que é uma semifinal de Libertadores
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Em comparação ao fraquíssimo Palmeiras e Galo desta terça-feira, os dez minutos iniciais de Flamengo e Barcelona de Guayaquil, no Maracanã, já valeriam mais do que os 90' do Allianz Parque. O time equatoriano teve duas grandes chances antes dos dez minutos e, ao contrário do que se explana na rasa percepção geral depois dos gols rubro-negros, sua estratégia seria encarada de outra forma caso Diego Alves não tivesse feito duas ótimas defesas. A conexão Gabigol-Bruno Henrique foi decisiva mais uma vez em noite de Libertadores e começou a resolver as coisas para o time carioca.
Mesmo com apenas nove dias de treinamento, Renato escalou David Luiz como titular pela primeira vez. Apesar das críticas da torcida, Isla e Andreas Pereira foram mantidos em detrimento a Matheuzinho e Thiago Maia. Vitinho foi titular mais uma vez na vaga do lesionado Arrascaeta. E Renê fez o mesmo no lugar de Filipe Luís. Bruno Henrique voltou a formar desde o início no setor esquerdo do ataque no 4-2-3-1. O Barcelona apresentou o mesmo esquema tático e a base que já vinha jogando.
Quem esperava um domínio absoluto do Flamengo no 1º tempo se enganou. Mesmo com a vantagem de dois gols construída antes do intervalo, o Barcelona foi superior até Bruno Henrique balançar as redes de cabeça, aproveitando cruzamento perfeito de Gabigol, aos 20 minutos. O time equatoriano foi corajoso. Adiantou a marcação com coordenação entre os setores, intensidade na abordagem ao homem da bola, cortou as linhas de passe do rubro-negro, e levou perigo em bolas paradas e rebotes de escanteio.
Finalizou três vezes com perigo até os 11 minutos. Mastriani ainda teve outra chance aos 25'. Ele era o alvo das ligações diretas que o time utilizou para se estabelecer no campo de ataque e incomodar o Flamengo. Ao time carioca, faltava mais mobilidade para fugir do cenário descrito acima. Andreas Pereira ocupava uma faixa de campo extensa logo à frente de David Luiz, Arão e Rodrigo Caio, e se mexia pouco para sair da marcação. Só foi crescer na partida a partir da segunda metade do 1º tempo.
Quando recuperava a bola no campo de ataque, uma frequente pela disposição mostrada, o Mais Querido via sua técnica se sobressair. Everton Ribeiro obrigou Burrai a fazer duas boas defesas antes do primeiro gol. Com a vantagem, a parte anímica do jogo virou toda a favor do Flamengo. E o que era dificuldade para circular a bola na intermediária ofensiva virou naturalidade, assim como se multiplicaram as retomadas de bola em pressões intensas e organizadas.
Bruno Henrique e Andreas Pereira acertaram o travessão num intervalo de três minutos. Era o prenúncio de mais um gol do camisa 27. Decisivo novamente, ele só rolou para a meta vazia um cruzamento rasteiro de Vitinho, em mais uma jogada iniciada por Gabigol. O camisa 9 fez os movimentos que está acostumado. Do meio para a direita, abrindo espaço para infiltrações na área e servindo os companheiros.
A situação pioraria para o time de Guayaquil nos acréscimos. Molina freou um contra-ataque com falta por trás e levou o segundo cartão amarelo. Willian Arão, Isla, Rodrigo Caio, Diego Alves e David Luiz foram outros destaques do 1º tempo. Mesmo nos momentos de maior dificuldade, o Flamengo esteve ligado e intenso.
O Barcelona recompôs o setor de meio-campo com Carcelén na segunda etapa, mas não foi o suficiente para brecar as chances de gol produzidas pelo Flamengo. Com um homem a mais, faltou calma e precisão para construir uma vantagem maior no placar e encaminhar a clássificação para a terceira final de Libertadores de sua história.
Cabe ressaltar novamente a coragem do time equatoriano. Não deixou de buscar o ataque quando possível, e Diego Alves foi obrigado a fazer mais duas ótimas defesas. O time de Guayaquil mostrou que o confronto está aberto, mesmo com a boa vantagem rubro-negra. Teremos jogos semana que vem no Equador!
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