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Coutinho: Ricardo Bueno faz Juventude não sentir saída de Matheus Peixoto
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Matheus Peixoto era o grande nome do Juventude no primeiro terço do Brasileirão 2021. Aqui mesmo na coluna você acompanhou o tamanho da influência do centroavante na campanha de manutenção do Juventude na Série A. Ele foi vendido para o futebol da Ucrânia. E quando parecia que o time de Caxias do Sul sofreria sem a sua presença, a chegada do experiente Ricardo Bueno acabou mantendo o sucesso da camisa 9 jaconeira.
Depois de uma boa temporada no Operário de Ponta Grossa, na Série B e no Campeonato Paranaense, o centroavante de 36 anos não chegou com tantas expectativas positivas ao clube gaúcho. Mesmo que tenha feito 16 gols e dado quatro assistências em 40 jogos pelo Fantasma, o histórico recente na Série A não era tão positivo. Ricardo foi discreto com as camisas de CSA e Ceará em 2019 e 2018 respectivamente, e passou várias temporadas em divisões inferiores do futebol brasileiro.
A idade e o estilo de jogo bem diferente de Matheus Peixoto também ajudavam a ''torcer narizes'' para a reposição. O técnico Marquinhos Santos, porém, afirmou acreditar que poderia dar certo, como explicou em entrevista exclusiva à coluna há pouco menos de um mês.
''Foi meu atleta no São Bento, na Série B, e sabia que ele poderia exercer essa função. O Bueno preenche o entendimento do jogo de posição sendo um ''9 flutuante''. Diferente do Matheus Peixoto, que ficava um pouco mais fixo. Não muda muito dentro daquilo que eu penso. A bola chega num setor do campo onde as duas características se encaixam bem'', explicou o treinador.
Se ainda fica abaixo de Matheus Peixoto no percentual de gols que geraram pontos diretamente ao Juventude, e na influência de gols marcados em relação ao total da equipe, Ricardo Bueno supera o ex-centroavante do clube em média de gols no Brasileirão 2021. Os cinco tentos marcados nos oito jogos que disputou lhe rendem uma média 0,62 por partida, contra 0,58 de Peixoto.
Desde que chegou, Bueno ficou no banco apenas diante do Atlético Mineiro, na 15ª rodada, e depois foi titular em todas as partidas em que foi relacionado. Foi desfalque na última rodada contra o Palmeiras, em virtude de um desconforto muscular, e é dúvida para pegar o Sport nesta quarta.
Vem sendo decisivo. Mais da metade de seus gols geraram pontos diretos ao Juventude. Seja em tentos que abriram o placar para uma derrota ou empate como contra São Paulo, Corinthians, Santos e Fortaleza. Apenas o gol marcado contra o Athlético Paranaense não teve esse caráter decisivo.
Como o próprio Marquinhos Santos explicou acima, Bueno se encaixou dentro da estrutura tática do Juventude com características distintas as de Matheus Peixoto. Fato que pesa a favor da organização da equipe alviverde. Mesmo sendo um time que muitas vezes atua mais em contra-ataques, não deixa de se planejar para ataques elaborados e com mais passes trocados através de seu jogo de posição.
Ricardo Bueno no Juventude é um belo exemplo de como não devemos menosprezar atletas antes de avaliarmos o funcionamento da equipe para eles, e como eles se enquadram naquele coletivo. Um lado potencializa o outro, e muitas vezes explicam bons e maus rendimentos dentro de campo.
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