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Coutinho: São Paulo sobra na rodada de sofrimento para Galo e Fla
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Donos de elencos milionários, qualificados tecnicamente e com jogadores de diversas características diferentes, Atlético Mineiro e Flamengo tiveram dificuldades bem parecidas neste final de semana. Sofreram mais do que o normal para criar diante de defesas fechadas. Algo que já aconteceu em outras partidas e gera questionamentos sobre Cuca e Renato Portaluppi. O São Paulo foi o time de melhor rendimento entre as 20 equipes.
O Ranking de Desempenho tem como finalidade avaliar o rendimento das equipes. Oferecer ao torcedor uma maneira mais fidedigna de entender se o seu time está evoluindo, estagnado ou regredindo. Independentemente do resultado —que pode ocorrer por muitas variantes no futebol— a proposta é dar de 0 a 5 estrelas de acordo com o que cada equipe fez em campo. As estrelas são somadas a cada rodada e formam o cenário acima.
Chapecoense e Fortaleza mostraram que não existe condição inalterável em um jogo de futebol. Na abertura da rodada, fizeram um duelo de tempos totalmente distintos. O time da casa mal passou do meio-campo no 1º tempo. Foi amplamente dominado por um Leão agressivo e que criou para fazer mais do que um gol. Acabou sofrendo o empate em erro individual de Benevenuto. O empate deu moral ao Verdão do Oeste, que melhorou bastante com as entradas de Ronei e Geuvânio, mas sucumbiu no fim com a recuperação do Tricolor.
O empate sem gols entre América e Bahia foi perfeito para definir a partida. A começar pelas boas atuações de Matheus Cavichioli e Danilo Fernandes. Não que os goleiros tenham sido muito exigidos. As duas equipes não produziram tanto, foi uma partida travada em grande parte do tempo, mas quando conseguiram criar, o lado oposto reagiu bem. O América teve mais a bola no 1º tempo e esbarrou num bom sistema defensivo tricolor. Os baianos saíram um pouco mais na 2ª etapa e os espaços foram mais frequentes.
Jogo de bom nível no Allianz Parque. O Palmeiras, em comparação a outras partidas, mostrou muito mais organização e apetite ofensivo. Enquanto o placar esteve 0x0, teve uma boa produção e abriu o placar com Raphael Veiga, de pênalti, no início do 2º tempo. O Inter teve Edenílson expulso e foi um time de bom funcionamento defensivo, além de levar perigo nos contra-ataques e mostrar padrão em fase ofensiva. Não se entregou, mesmo com um a menos e quase empatou. O Verdão reduziu o ímpeto nos últimos 30 minutos.
Nível baixo e pouca criatividade no gramado sintético da Arena da Baixada. O Athlético, com apenas três titulares, até tentou se impor com a bola, mas penou para produzir chances de gol, principalmente na 2ª etapa, quando Alberto Valentim mexeu muito mal na equipe. O Furacão passou mais de 45 minutos sem criar basicamente nada depois do intervalo. O Fluminense também passou longe de jogar bem. Sofria bastante com a pressão do time casa até marcar o seu gol em infelicidade de Zé Ivaldo. Mas nem em contra-ataques foi contundente.
Vitória importante e de imposição do Grêmio na estreia de Vagner Mancini. O resultado pode induzir a interpretação de que o jogo foi parelho, mas a realidade é que o Tricolor dominou inteiramente os 90 minutos. Mesmo com dificuldades para criar contra a defesa fechada do Juventude, mostrou imposição, marcou muito forte, e fez dois gols em sequência no 1º tempo para encaminhar os três pontos. O time de Caxias do Sul melhorou um pouco na 2ª etapa, mas saiu no lucro com os dois gols feitos, mesmo diante do relaxamento gremista no fim.
O Atlético Mineiro perdeu a longa invencibilidade que ostentava no Brasileirão. Foi batido por 2x1, de virada, pelo xará Goianiense, e vê o Flamengo mais próximo na disputa pelo título brasileiro. O alvinegro jogou muito mais tempo no campo de ataque. Realizou boas pressões pós-perda no 1º tempo e empurrou o Dragão pra trás em diversos momentos. Em contrapartida apresentou muitas dificuldades para penetrar na defesa rival, e foi perdendo o ímpeto. O rubro-negro melhorou demais com a entrada de Marlon Freitas. Decisivo!
Confronto aberto e repleto de oportunidades reais de gols. Os quatro tentos marcados falam por si só. Mesmo cheio de desfalques importantes, o Red Bull Bragantino foi um time mais organizado e contundente para atacar. O Ceará foi uma equipe agressiva com a bola e acreditou no empate até o último minuto, mas segue com problemas de identidade e desequilibrado em campo. O Massa Bruta apresentou algumas falhas em seu sistema defensivo e caiu bastante fisicamente no fim, algo que foi determinante para sofrer o empate.
Mais uma vez o Flamengo teve muitas dificuldades para criar chances diante de um time fechado, e apenas empatou com o Cuiabá no Maracanã. Perdeu a oportunidade de diminuir a diferença para o líder Atlético e terminou o jogo com Gustavo Henrique jogando de centroavante, em uma controversa mexida feita por Renato Gaúcho. Os visitantes se fecharam muito bem, mas encaixaram pouquíssimos contra-ataques. O rubro-negro fez boas transições defensivas na maior parte do tempo.
Os problemas de criação que Sport e Santos apresentaram na maioria das últimas rodadas se repetiram no gramado da Arena Pernambuco. Cada time foi mais agressivo e presente no ataque em um tempo, mas sem contundência ou regularidade na produção de oportunidades. O Leão foi um pouco melhor nesse aspecto, mas a pontaria não estava em dia. Na parte defensiva as duas equipes apresentaram um bom nível. Protegeram a área com eficácia, mas precisam fazer gols se quiserem deixar a atual situação pra trás.
O placar magro engana quem não viu o jogo, mas a superioridade do São Paulo perante o Corinthians durante os 90 minutos poderia supor uma diferença maior do que um gol. O Tricolor teve uma atuação de imposição em todos os aspectos. Tecnicamente rendeu como há muito tempo não fazia. Fisicamente engoliu um pouco intenso Corinthians. Mentalmente mostrou-se mais confiante e concentrado. E taticamente ganhou pontos no processo evolutivo do início de trabalho de Rogério Ceni. O Timão não conseguiu competir adequadamente.
Seleção do Campeonato
Cada jogador que entra em campo recebe uma nota de 0 a 10 por sua atuação. A nota de partida é sempre 5 e ele vai ganhando ou perdendo pontos de acordo com o que faz em campo. A média das notas define o melhor de cada posição/função. Para fazer parte do time ao final do Brasileirão, é necessário ter participado de ao menos 40% dos jogos.
Pela segunda vez no campeonato não há mudanças na equipe de uma rodada para outra. O que chama a atenção é a queda na média de Hulk. Não foi bem diante do Atlético Goianiense e ganhou nota 5. O mesmo aconteceu com Edenílson, que expulso contra o Palmeiras ganhou uma nota 4,5. Nathan Silva segue crescendo e Nacho Fernandez voltou a subir sua média.
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