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Coutinho: Galo merece quebrar o jejum de 50 anos sem Brasileirão
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Uma geração inteira de atleticanos está bem perto de ver pela primeira vez o Galo Mineiro campeão brasileiro depois de 50 anos. O time treinado por Cuca e comandado por Hulk dentro de campo segue com rendimento muito satisfatório na competição. Neste momento sobra numa comparação com o Flamengo, que seria o seu ''perseguidor'', mas está cada vez mais distante. O alvinegro empata com o Fortaleza na liderança do Ranking de Desempenho, mas tem um jogo a menos, e certamente vai abrir frente.
O Ranking de Desempenho tem como finalidade avaliar o rendimento das equipes. Oferecer ao torcedor uma maneira mais fidedigna de entender se o seu time está evoluindo, estagnado ou regredindo. Independentemente do resultado —que pode ocorrer por muitas variantes no futebol— a proposta é dar de 0 a 5 estrelas de acordo com o que cada equipe fez em campo. As estrelas são somadas a cada rodada e formam o cenário acima.
Um lance nos acréscimos do 1º tempo definiu o confronto entre Santos e América na Vila Belmiro. Depois de bons 15 minutos iniciais do Coelho, o Santos se impôs e parecia mais perto de marcar até a expulsão de Jean Mota. O meia ficou apenas dois minutos em campo. Havia acabado de entrar no lugar do lesionado Camacho, e no mesmo lance cometeu um pênalti. O América ficou com um a mais e a vantagem no placar. Alê balançou as redes logo no primeiro minuto do 2º tempo e o time mineiro só administrou na sequência.
Um dos resultados mais mentirosos deste Brasileirão aconteceu na tarde de sábado, no Alfredo Jaconi. O Juventude massacrou o Ceará durante grande parte dos 90 minutos. Criou inúmeras oportunidades na estreia de Jair Ventura, mas parou na própria limitação em colocar a bola na rede de João Ricardo, além da grande atuação do goleiro do Ceará. O Vozão se defendeu mal, deu espaços, e com a bola foi basicamente inoperante. Melhorou um pouco após as entradas de Mendoza, Jorginho, Gabriel Dias e Jael, mas esteve bem abaixo do ideal.
O Fluminense foi muito superior ao Flamengo dentro de sua estratégia na noite de sábado, no Maracanã, e poderia até ter goleado uma equipe tecnicamente superior, mesmo com os muitos desfalques do rubro-negro. ''Deu a bola'' ao rival, se fechou com competência e contou com a total inoperância ofensiva do Mais Querido. Novamente faltou ter movimentos mais bem coordenados em fase ofensiva e uma transição defensiva eficaz. O Tricolor foi extremamente competente nos contra-ataques.
O Fortaleza não tomou conhecimento do time reserva do Athlético no Castelão. Se impôs com muita agressividade desde os primeiros segundos e abriu o placar com Lucas Lima em seu ataque inaugural. O segundo veio na sequência e o terceiro só no 2º tempo. Mesmo alternando naturalmente o ritmo depois da vantagem obtida, o Leão do Pici não perdeu o controle das ações em nenhum momento. O Furacão mostrou muita apatia e desorganização. Esteve muito longe de oferecer algo competitivo mais uma vez.
Os quatro gols anotados podem passar a sensação de um jogo repleto de chances criadas, mas a história de Inter e Corinthians foi bem diferente disso. Na realidade as duas equipes sofreram bastante para produzir. O Colorado abriu o placar cedo e não se expôs. Mesmo assim foi mais perigoso que um sonolento Timão na 1ª etapa. Sylvinho abriu Roger Guedes na esquerda e colocou Renato Augusto como ''falso 9'' para tentar mudar a situação, mas a equipe só melhorou com mexidas no 2º tempo. Virou o duelo, mas recuou, e o Inter empatou no fim.
Mais uma vitória como algumas outras conquistadas pelo Atlético neste Brasileirão. Ímpeto e volume ofensivo para levar os adversários contra a lona. E muita precisão nas oportunidades criadas. O Cuiabá se defendeu bem na 1ª etapa. Deu trabalho também quando conseguiu atacar e chegou a abrir o placar em gol contra bizarro de Nathan Silva. O Galo virou ainda no 1º tempo e solidificou a vantagem na ponta da competição. Na 2ª etapa se fechou e foi perigoso nos contra-ataques. Hulk, Keno e Guilherme Arana foram muito bem.
Mesmo com apenas um gol, Red Bull Bragantino e São Paulo fizeram uma boa partida em Bragança Paulista. Duas equipes que buscaram a bola e tentaram empurrar o adversário pra trás. Esta foi a tônica até Luan Cândido marcar de cabeça o gol da vitória do Massa Bruta no início do 2º tempo. Depois disso o time de Mauricio Barbieri assumiu uma postura mais reativa e o Tricolor só não empatou em função da boa atuação de Cleiton. O Bragantino foi um pouco mais organizado, mas o Tricolor fez frente.
Bahia e Chapecoense confirmaram aquilo que já haviam mostrado nas últimas rodadas. O Tricolor seguiu crescendo e deixou a torcida mais tranquila ao sair da zona de rebaixamento. Controlou o jogo inteiro e se deu ao luxo de reduzir a intensidade a partir da metade da 1ª etapa. Poderia até ter construído um placar. Tudo isso sem sofrer sustos. Já a virtual rebaixada Chapecoense, novamente se portou de maneira apática. Foi um time desorganizado na defesa. Nem a linha de cinco atrás foi capaz de proteger os espaços. Com a bola foi lenta demais.
A situação do Grêmio começa a ficar ainda mais crítica se levarmos em consideração as reações psicológicas da equipe dentro de um jogo. Foi bem superior ao Atlético Goianiense na 1ª etapa, mas esbarrou em finalizações imprecisas e na ótima proteção de área feita pela dupla de zaga do Dragão. Baixou o ritmo nos últimos minutos e sofreu um gol. A partir daí entrou em ''parafuso''. Errou demais e deu espaços aos contra-ataques rubro-negros. Sofreu o segundo no meio do 2º tempo e ainda teve Paulo Miranda expulso. O Dragão foi resiliente.
A melhor atuação de uma equipe nesta 28ª rodada veio na última partida. E foi do Palmeiras! O Verdão fez um grande jogo diante do Sport. Volume ofensivo quase que insano a partir dos dez minutos do 1º tempo, quando já perdia em virtude de um cochilo e um bom contra-ataque rubro-negro. Organização para se movimentar, ocupar os espaços, e abrir a defesa pernambucana. Dudu e Gustavo Scarpa criaram demais. Felipe Melo foi um gigante em campo e marcou o gol da vitória. O Leão poderia ter sido goleado não fosse por Maílson.
Seleção da Rodada
Cada jogador que entra em campo recebe uma nota de 0 a 10 por sua atuação. A nota de partida é sempre 5 e ele vai ganhando ou perdendo pontos de acordo com o que faz em campo. A média das notas define o melhor de cada posição/função. Para fazer parte do time ao final do Brasileirão, é necessário ter participado de ao menos 40% dos jogos.
Em virtude do número baixo de jogos até aqui, apenas 11, Arrascaeta deixa a equipe e Gustavo Scarpa, mesmo sendo reserva na maioria dos jogos pelo Palmeiras, assume a ''meia'' ao lado de Nacho Fernandez com o ótimo campeonato que faz. Tinga, que esteve de fora nesta rodada, retomou a vaga na zaga ao lado de Nathan Silva com a atuação mediana de Junior Alonso contra o Cuiabá. Na meta, Cleiton colhe os frutos da sua ótima fase ao ultrapassar Daniel, do Internacional. Diante do São Paulo teve mais uma excelente atuação.
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