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Coutinho: Matheuzinho e Ramon gritam por mais espaço no Flamengo
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A temporada 2021 deixou a certeza de que alguns nomes do elenco rubro-negro estão mais próximos do fim do ciclo no clube. Renovar é necessário! E nem sempre isso acontece com contratações. A melhor forma, aliás, é dar oportunidades a quem já integra o elenco, mostra qualidade, e está adaptado ao clube. Se vierem da base então, mais indicado ainda. Casos de Matheuzinho e Ramon.
É bom frisar que ambos estão em estágios diferentes da carreira. Só um ano de vida os separa, mas o lateral-direito integra a categoria profissional desde 2018, no Londrina, clube que defendia antes de ser contratado para o sub-20 do clube carioca. Ficou uma temporada na base rubro-negra e subiu em 2020. Tem mais rodagem e isso é visto nitidamente dentro de campo. Está pronto para ser titular.
Num comparativo com Isla, titular da posição desde a saída de Rafinha, conseguiu ser mais regular nesta temporada. Há uma corrente muito grande entre os torcedores pedindo a efetivação do camisa 34 na equipe principal e a ida do chileno para o banco de reservas. Matheuzinho, além da qualidade demonstrada em seu jogo, apresenta muita personalidade e atitude em campo.
Depois de fazer o gol da vitória contra o Ceará na última terça-feira, no primeiro jogo após o vice-campeonato da Libertadores, teve ''peito'' para chamar Andreas Pereira - que falhou diretamente no segundo gol do Palmeiras no sábado passado - durante a comemoração e pedir aplausos da torcida para ele. Poucos jogadores com a sua idade e tempo ainda escasso de Flamengo fariam isso.
Matheuzinho encaixa muito no estilo de lateral que a torcida rubro-negra é fã. Agressivo para atacar o corredor direito. Veloz e corajoso para arriscar as jogadas. Evoluiu defensivamente nos últimos meses. Assim como na leitura de jogo, pontos em que tinha dificuldades assim que subiu. Finaliza bem de média distância e tem precisão nos cruzamentos, além de uma boa tomada de decisão ao chegar na linha de fundo.
Outro que melhorou na parte defensiva é Ramon. Um ano mais novo do que o lateral-direito, o jovem de São João de Meriti chegou em 2017 na base do Flamengo, oriundo do Nova Iguaçu. Ficou pouco tempo no Sub-17 e já subiu para o Sub-20, mesmo antes de ter idade para isso. Sempre foi um dos atletas de maior expectativa do clube nos últimos anos e começa a confirmar isso no profissional.
Ao contrário de Matheuzinho, neste momento ainda não se mostra pronto para ser o ''dono da posição'', mas deve ganhar mais minutos. Mostrou desempenho bem acima em comparação a Renê, que até então vinha absoluto como suplente de Filipe Luís. Pensar em Ramon num revezamento com o ex-lateral da Seleção em 2022 é saudável para ambos, e pode atiçar ainda mais o interesse de clubes europeus no garoto, além do retorno técnico para o Flamengo.
Ramon é mais um atleta de muita personalidade. Por vezes até passa do ponto na atitude em campo. Teve alguns problemas disciplinares em jogos da base, algo que o clube precisa ficar atento, mas se conseguir converter isso em fatores positivos terá um jogador ainda melhor. Chama a atenção a agressividade no apoio, a capacidade de drible e a potência física. Precisa melhorar a precisão nos cruzamentos e as tomadas de decisão perto da área. Se precipita regularmente. Por isso ter mais minutos é tão importante.
Que o novo treinador do Flamengo tenha a percepção que os últimos, principalmente Renato Gaúcho, não tiveram. Os jovens laterais do clube pedem passagem e precisam jogar mais.
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