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Coutinho: Melancólico fim de temporada deixa mensagem ao Inter
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Por mais que o torcedor colorado tenha tido alegria ao final do Brasileirão com o terceiro rebaixamento da história de seu maior rival, não dá para ficar feliz com o 2021 que o Internacional fez. Principalmente após reagir e apresentar bom desempenho em parte do ano com a chegada de Diego Aguirre. O que veio na sequência da vitória do Grenal foi um desastre.
É sempre importante ressaltar a ambiguidade do Inter na busca pela organização de sua equipe nas últimas duas temporadas. Saiu de Eduardo Coudet para Abel Braga em 2020, e deste para o jogo de posição de Miguel Ángel Ramirez no início de 2021. Com a demissão do técnico espanhol, foi a vez de apostar novamente num estilo mais conservador com Diego Aguirre.
Essa proposta deu certo no clube com Odair Hellmann e o próprio Abel Braga. Com o técnico campeão da Libertadores de 2006, o Colorado ficou a ''alguns centímetros e segundos'' de quebrar o jejum de títulos do Brasileirão, caneco que não ganha desde 1979. Com Odair, chegou às quartas da Libertadores de 2019, na final da Copa do Brasil do mesmo ano, e fez campanhas competitivas no principal torneio nacional.
A principal questão é entender que dá pra ser vencedor e competitivo das duas formas, e que no futebol atual, caso o clube não tenha um elenco extremamente dominante e de alto nível na realidade local, é necessário desenvolver maneiras diferentes de atuar. Condições de causar danos e superar os adversários variando os comportamentos. Isso faltou ao Internacional em 2021.
Se com Ramirez o time conseguia ter um jogo ofensivo fluido em algumas partidas, mas pecava demais na parte defensiva e na intensidade empregada ao longo dos 90 minutos, com Aguirre havia a necessidade que o oponente atacasse e cedesse espaços para o Colorado ter desenvoltura com a bola. Nos dois casos havia padrões em todas as fases do jogo, mas a execução era falha nos pontos citados.
O Inter chegou a se postular por uma vaga direta na Libertadores 2022 e acabou somente na 12ª posição. Foram seis derrotas nas últimas oito rodadas do Brasileirão, duas destas derrotas dentro do Beira-Rio. Não é por acaso que o jogo que antecedeu as últimas oito jornadas tenha sido o Grenal. Houve muita mobilização para afundar ainda mais rival e o time jogou bem. Mas e a sequência? Pode uma equipe se dar por satisfeita apenas com esse ''feito''?
Aguirre e os jogadores poderiam muito mais. Tirando os problemas táticos citados acima e que são de responsabilidade do planejamento feito para a temporada, assim como a montagem do elenco, que não tem como dar certo com dois tipos de organização de time totalmente diferentes, não se pode se desmobilizar de forma tão acintosa numa reta final de ano. Principalmente com coisas tão importantes em jogo. O Colorado perdeu muito dinheiro e projeção esportiva ao não conquistar vaga na Libertadores.
Definir a permanência ou o substituto de Diego Aguirre, o grupo de jogadores, e os objetivos da temporada, passa por entender tudo o que deu errado em 2021. Parece óbvio, mas não é raro ver os clubes brasileiros repetindo tais equívocos. Respeitar a rivalidade local e se impor diante do Grêmio precisa ser uma das prioridades, mas o Colorado tem que buscar mais do que isso.
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