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Coutinho: Castro é certeza de entretenimento e futebol ofensivo no Glorioso
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Se o torcedor do Botafogo está com saudade de um time muito ofensivo, algo que ocorre há algum tempo, pode se preparar. Esta é a principal característica de Luis Castro, que deverá assumir como comandante do Glorioso nos próximos dias. Agora John Textor, novo ''dono'' do clube, vai precisar ''coçar'' o bolso para dar ao português as ferramentas que necessita e tornar a ideia real.
O Alvinegro deve passar por profundas transformações em seu elenco. Há um bom aporte para investir na chegada de jogadores mais qualificados em relação ao que o atual elenco dispõe em algumas posições. Obviamente que esse fortalecimento será paulatino, e imaginar o Glorioso com um elenco do mesmo nível dos melhores do país em 2022 está fora de cogitação.
A esperança, porém, é fazer com que Luis Castro comande um grupo de jogadores com maior capacidade criativa com a bola, qualidade na definição e possibilidades de improviso, vitórias no 1x1, alicerces técnicos que facilitarão a implementação de suas ideias. Bola no pé e ocupação do campo rival com muitos homens.
O novo treinador do Glorioso foi um jogador de pouco sucesso em Portugal, mas muita contribuição depois que começou a trabalhar nos bastidores e na beira do campo. Comandou equipes pequenas entre 1997 e 2005, e na sequência coordenou a formação de atletas do Porto durante sete anos.
Passou a dirigir o Porto B em 2013, venceu uma Segunda Divisão Portuguesa e treinou Rio Ave, Chaves e Vitória de Guimarães antes de rumar para o Shakhtar Donetsk em 2019. Lá, foi campeão ucraniano e semifinalista da Europa League. Atualmente, é treinador do Al Duhail, vice-líder da Liga do Qatar.
Se analisarmos um recorte recente da carreira de Castro, há um padrão. O volume ofensivo e a produção de muitos gols a favor, mas a consequente exposição a contragolpes rivais, que nem sempre são neutralizados com uma boa transição defensiva.
É por isso que a chegada dele demanda um investimento maior na parte ofensiva do plantel alvinegro. Certamente trará a proposta de muita posse e diversos jogadores envolvidos ativamente na fase ofensiva do time. Se vai passar mais tempo assim, é necessário ter jogadores melhores tecnicamente.
Projetando um nível bem competitivo, um time para brigar na parte de cima da tabela, talvez por uma vaga direta ou não para a Libertadores, o atual elenco do Botafogo dispõe de apenas dois jogadores com potencial para uma performance confiável na Série A. Diego Gonçalves e Chay. O restante é formado por atletas que ainda vão evoluir ou complementos de banco de reservas.
Há gente capacitada para a captação de jogadores no atual Botafogo. Isso, somado ao dinheiro para investir, será fundamental para Luis Castro desenvolver aquilo que fez de melhor nos últimos anos. As coisas, porém, não acontecem do dia para a noite, e entender quais são os processos do técnico português é fundamental para que John Textor e seus pares não se precipitem.
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