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Coutinho: Flu segue sua doce rotina, mas precisa controlar mais os jogos
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São dez vitórias em 11 jogos na temporada. Apenas três gols sofridos. Liderança no Campeonato Carioca e classificação para a 3ª fase da Pré-Libertadores. Questionar os resultados do Fluminense em 2022 é impossível. O time foi bem na 2ª etapa e despachou o Millonarios após um 1º tempo frágil em São Januário. O desempenho, porém, mesmo com todas as ressalvas necessárias pelo trabalho recente, pode melhorar bastante.
Contrariando os pedidos de boa parte da torcida tricolor, Abel Braga manteve Willian Bigode no time titular e Jhon Arias no banco. Martinelli, outro bastante solicitado pelos tricolores, foi mais um a ficar entre os suplentes. Yago Felipe seguiu na equipe principal. O 4-1-4-1 do primeiro jogo foi repetido. Felipe Melo por trás de Yago e André na faixa central. Willian e Luiz Henrique pelos flancos.
No Millonarios, o técnico Alberto Gamero, não teve o meia Sosa, suspenso, e Richard Celis foi titular pelo lado direito. Daniel Ruiz e David Silva foram os outros componentes da linha de meias por trás do centroavante Herazo.
O Fluminense teve muitas dificuldades para controlar as ações no 1º tempo. Até começou bem. Teve dez minutos iniciais de imposição no campo de ataque, imprimindo velocidade na circulação da bola, verticalidade ao procurar Willian e Luiz Henrique nas costas da linha de meio-campo rival, e conseguiu uma boa finalização com Willian desta forma,
Com o passar do tempo o ímpeto tricolor foi diminuindo e faltaram ferramentas coletivas para neutralizar o Millonarios, seja com a bola ou sem ela. O time colombiano aumentou a sua posse e gerou dificuldades ao Fluminense a partir da movimentação dos meias. David Silva flutuava para os lados para gerar superioridade com o lateral e o ponta do setor da bola.
O ponta do lado contrário também circulava neste sentido, e isso bagunçava os encaixes de marcação do time carioca dentro do setor. Felipe Melo, André e Yago Felipe oscilaram na abordagem de marcação, por vezes foram permissivos, assim como os pontas. Mesmo num ritmo baixo de circulação de bola, os colombianos chegaram três vezes com perigo. Duas com Herazo em cabeçadas na pequena área, e outra com o volante Vega. Fabio salvou.
Vega, inclusive, tinha total liberdade de infiltração, deixando Vásquez mais preso. Esse detalhe também causou problemas na marcação do Fluminense. Com a bola, o time carioca foi lento e confuso nos movimentos, sem conseguir gerar volume ofensivo.
Na 2ª etapa o Tricolor conseguiu aumemtar a ''pegada'' para marcar e inibiu a circulação de bola do Millonarios no campo de ataque. Ganhou terreno e moral desta forma, passou a chegar com maior frequência na frente e abriu o placar com Willian Bigode aos 15 minutos. Jogada muito bem construída a partir de um passe de David Braz, e participações luxuosas de Cano, Luiz Henrique e Calegari. Setores muito espaçados no time colombiano.
Com a vantagem no placar tudo ficou mais tranquilo. O Millonarios se desestabilizou totalmente e se tornou ainda mais ofensivo com algumas substituições. Abel foi bem ao colocar Arias e sacar Cano. Aumentou a velocidade do trio de frente e o colombiano recebeu em profundidade de Yago Felipe para marcar na saída do goleiro. Individualmente a equipe cresceu bastante também.
Atlético Nacional e Olímpia disputam a vaga de adversário do Flu na próxima fase. Adversários superiores tecnicamente em relação ao Millonarios. Que Abel consiga acrescentar mais capacidade de controle a sua equipe até lá. Nem sempre fará isso com a bola no pé, mas é possível fazer sem ela.
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