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Coutinho: Inter promove o debute de Wanderson no Brasil
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A suspensão dos contratos dos atletas que estavam na Rússia e na Ucrânia gerou uma boa oportunidade para o Internacional. O clube acertou com o ponta brasileiro Wanderson, que atuava pelo Krasnodar, do sudoeste russo. Mesmo sendo natural de São Luís(MA), o jogador terá a sua primeira oportunidade em solo brasileiro. É hora de entender melhor como pode ajudar o Colorado.
Aos 27 anos de idade, Wanderson já rodou por diversos países. É filho do atacante brasileiro Wamberto, que iniciou a carreira no Sampaio Corrêa e chegou a disputar um Mundial Sub-17 com a Seleção em 1991. Depois foi vendido para o futebol belga e atuou cinco anos no Ajax. Além do pai jogador, o novo ponta colorado tem também um irmão que é profissional, o atacante Danilo Campos, do Apoel, do Chipre.
Wanderson começou a jogar futebol na base do Ajax. De lá foi para a Bélgica, onde se profissionalizou no Beerschot, em 2012. Atuou no Getafe, foi bem e terminou campeão austríaco no Red Bull Salzburg, e acabou contratado pelo Krasnodar, em julho de 2017, por oito milhões de euros. No clube russo foi titular durante quatro temporadas. Marcou 16 gols e deu 14 assistências no período.
É o típico ponta de drible, atua bem aberto pelo lado direito preferencialmente, um perfil que não é tão comum no elenco colorado. O próprio técnico uruguaio Alexander Medina já expôs essa carência no grupo, e Wanderson deve conquistar espaço ao acrescentar características importantes para o que o treinador pretende desenvolver.
Além da habilidade no ''1x1'', o brasileiro costuma executar bons cruzamentos, buscando quase sempre a linha de fundo para terminar as jogadas individuais. Apesar de ser ágil, não é necessariamente um velocista. Bate bem escanteios e faltas laterais, principalmente em curva, na direção do gol.
Fisicamente pode ganhar mais intensidade ao longo dos 90 minutos, mas protege bem a bola de costas para o adversário e é agudo com seus passes e movimentos sem a bola na direção da área, quase sempre em diagonal. Defensivamente consegue auxiliar com competência, fechando o seu setor corretamente a subindo a marcação com agressividade.
Precisa melhorar em situações de pouco espaço, principalmente quando sai dos flancos para o meio. Neste momento geralmente peca nas decisões, se precipita em alguns passes. Outro fator que ainda pode evoluir é nas finalizações. Tanto na parte técnica de arremate, quanto na própria ambição de se colocar em condições de finalizar.
Cravar a titularidade de Wanderson não é tão indicado. Tem coisas importantes a serem melhoradas em um atacante, mas é inegável que se encaixa num perfil desejado por Medina e necessário ao que o Inter pretende se tornar no Brasileirão.
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