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Flamengo mantém futebol pobre em empate emocionante com o Dragão
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Atlético Goianiense e Flamengo empataram por 1x1 na 1ª rodada do Brasileirão. Se teve brios e atitude, o mínimo esperado para uma equipe profissional na reta final do jogo, o rubro-negro carioca mais uma vez mostrou momentos de desorganização e pouca concentração. Não teve a imposição esperada diante de um adversário tecnicamente inferior. Pressionou e poderia ter virado, mas chegou bem perto de perder o duelo também.
Umberto Louzer repetiu a equipe que já vinha escalando. O lateral-esquerdo Artur Henrique foi desfalque novamente e Jefferson ganhou sequência no setor. De resto, o mesmo 4-2-3-1 com Wellington Rato mais adiantado. No Flamengo, Filipe Luís foi poupado e Léo Pereira o substituiu. Gustavo Henrique seria titular, mas sentiu no aquecimento e Willian Arão foi recuado para a zaga. Thiago Maia entrou. Andreas Pereira ganhou nova oportunidade mais adiantado, como ocorreu na última terça-feira, pela Libertadores. Everton Ribeiro foi para o banco e Arrascaeta voltou ao time.
Os primeiros momentos passaram uma sensação ruim ao torcedor do Flamengo. O Atlético Goianiense imprimiu um ritmo forte e abriu o placar logo aos dois minutos com Jorginho, mas Shaylon estava impedido no início do lance. A jogada parece ter despertado os cariocas, que assumiram as rédeas do jogo na sequência. O Dragão não ficou só retraído, também foi agressivo, mas os visitantes foram mais perigosos a maior parte da 1ª etapa.
Não que o Mais Querido tenha tido uma postura muito diferente de jogos recentes. Novamente foi um time com oscilações de concentração e intensidade, o que recolocou o Atlético no jogo nos últimos dez minutos antes do intervalo. Dos 38' aos 50', foram quatro chegadas perigosas dos anfitriões, quase sempre com Jorginho como protagonista. Hugo fez duas boas defesas. Mais uma vez o Flamengo foi um time sem pressão alguma nos combates aos adversários, e espaçado no setor de meio-campo em fase defensiva.
Os bons momentos vieram quando o Dragão tentava subir um pouco suas linhas de marcação. Os visitantes saíam bem de uma pressão de pouca intensidade, se mexiam com coordenação e encontravam os espaços. Bruno Henrique levou perigo duas vezes. Gabigol também quase marcou em chute da entrada da área aos 27'. Já quando o Atlético se fechava em ''bloco baixo'', o Flamengo era lento para trocar passes e pouco intenso para se mexer.
Outro ponto positivo do Flamengo foi a marcação no campo rival. Encaixou pressões bem coordenadas e forçou erros, mas não manteve a regularidade neste aspecto. Importante destacar também a boa coordenação nos movimentos ofensivos dos goianos. Shaylon flutuava da direita pra dentro e abria o corredor para Dudu. Marlon Freitas se apresentava com força no setor, Jorginho infiltrava na área e Wellington Rato circulava pela intermediária ao sair da referência.
As duas equipes mantiveram os mesmos defeitos e virtudes na 2ª etapa, o que fez com que a história do jogo não se modificasse. Em alguns momentos o Dragão era mais presente no ataque e levava perigo diante de uma marcação irregular do Flamengo. Em outros, os visitantes subiam a marcação com organização e rondavam a área rival com competência. Ambos, porém, sem a devida efetividade na conclusão dos lances.
Isso acabaria aos 28 minutos. Andreas Pereira se precipitou ao tentar um passe em profundidade para Gabigol e Edson interceptou. Jorginho recebeu na sequência e lançou Dudu nas costas de Léo Pereira, ele cruzou e Wellington Rato marcou ao bater de chapa no canto de Hugo Souza. Aberto e indefinido do jeito que o jogo estava, qualquer cenário era possível.
O Flamengo pressionou e chegou ao empate dez minutos depois. Bruno Henrique fez um lindo gol de cabeça em cobrança de escanteio de Arrascaeta. A partir daí o cenário ficou ainda mais aberto! Pedro teve duas grandes chances para virar e desperdiçou. Luan Polli foi muito bem em uma delas. Léo Pereira saiu cara a cara com Hugo Souza em contra-ataque e mandou de ''cavadinha'' na trave esquerda.
O Dragão, apesar de ter empatado em casa e ter sofrido o empate, sai de campo deixando boa impressão. Foi competitivo e poderia até ter vencido um dos times de maior investimento e qualidade individual do Brasileirão. Já o Mais Querido volta para o Rio de Janeiro com as mesmas questões das últimas semanas. Há futuro promissor dentro do atual cenário?
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