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Erison volta a provar boa visão de mercado do Botafogo e decide no Castelão
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Imagine contratar o centroavante titular do time que fez uma das piores campanhas da Série B nos últimos anos. E se o clube que o contratou estiver voltando para a Série A? Certamente muita gente ''torceu o nariz'' quando o Botafogo trouxe Erison do Brasil de Pelotas. Mas ele manteve o bom nível de suas atuações desde o ano passado e fez a diferença na vitória por 3x1 sobre o Ceará fora de casa.
Já são 13 gols gerados diretamente em 14 partidas na temporada, apenas metade delas como titular. Fez o segundo e oi terceiro gols do triunfo, chegando a 10 em 2022. E deu a assistência —a terceira até aqui— para Victor Sá abrir o placar. Trombou, brigou, atacou espaços e apresentou muita presença de área na primeira vitória alvinegra no Brasileirão. Bateu uma dupla de zaga que costuma ser forte e segura!
Dorival Junior não teve Fernando Sobral. Richardson formou a trinca de meio com Rodrigo Lindoso e Richard. Vina foi outro desfalque. Zé Roberto atuou na referência ofensiva. No Botafogo, Luis Castro improvisou Daniel Borges na lateral-esquerda e promoveu a entrada de Diego Gonçalves no time. Lucas Piazon perdeu espaço. Um 4-1-4-1 com a bola a partir da movimentação de Patrick de Paula se colocando na mesma linha de Chay. Sem ela, duas linhas de quatro e Chay ao lado de Erison dando o primeiro combate.
O 1º tempo pode ser dividido em duas partes. Até os 20 minutos o Botafogo foi superior e abriu o placar, mas na sequência viu o Ceará crescer e empilhar chances até empatar na reta final da etapa. Um gol mal anulado para o Vozão logo aos dois minutos parece ter gerado ansiedade na equipe. O time abusou dos passes forçados para o terço final do campo, errando e se expondo aos contra-ataques do Glorioso.
Em um desses contragolpes os visitantes abriram o placar. Patrick de Paula dominou e esticou para Erison se livrar de Messias em bela jogada. Ele serviu Victor Sá na área, O chute cruzado ainda desviou em Bruno Pacheco antes de entrar. O time carioca já havia aproveitado-se de situações parecidas para finalizar duas vezes sem tanto perigo da entrada da área.
Luis Castro insistia para o Botafogo subir a marcação, mas a equipe parecia mais confortável marcando dentro do próprio campo, e fazia isso bem. Intensa na abordagem ao homem da bola e compacta entre os setores, dificultando ainda mais a vida cearense. O Alvinegro de Porangabaçu perdeu Richardson lesionado aos 23 minutos, mas a entrada de Geovane deu novo gás ao time.
Tem mais qualidade na articulação em relação ao trio que iniciou a partida no meio-campo, mais capacidade de se aproximar da área também, e através de boas associações com Bruno Pacheco e Mendoza pela esquerda, contribuiu para o crescimento do Vozão. O Botafogo, por sua vez, não conseguia manter a posse de bola e circulá-la de maneira eficaz no ataque. Perdia ainda no campo de defesa ou buscava ligações diretas sem efeito.
O Ceará foi assustando na bola parada aérea. Messias e Zé Roberto chegaram perto de empatar. Lima e Mendoza só melhoravam. Bruno Pacheco e Nino Paraíba eram participativos no ataque. Para completar, o Glorioso não dava as mesmas respostas na marcação, e o gol parecia questão de tempo. Mendoza teve duas grandes chances antes do intervalo, e Lima, aos 40 minutos, emendou de primeira após Zé Roberto dividir com Philipe Sampaio pelo alto para marcar um belo gol.
Ressalta-se mais uma vez o péssimo estado do gramado do Castelão. Dificultou bastante a vida das duas equipes na hora de trabalhar a bola com mais fluência. O intervalo foi importante para o Botafogo respirar e retomar a competitividade inicial. O Ceará também diminuiu o ímpeto e partida voltou a ser equilibrada. Erison teve um gol bem anulado por impedimento aos nove minutos, mas na sequência balançou as redes de cabeça em falta muito bem cobrada por Daniel Borges.
O gol mexeu bastante com o emocional do Ceará. O Vozão repetiu as precipitações de parte da etapa inicial e só assustou em um chute de Lima da entrada da área. Dorival Junior tentou dar mais agressividade e presença de área ao time com as entradas de Cleber e Erick, mas não obteve êxito. Exposto, o time da casa ainda sofreria o terceiro. Erison, de novo dele, ganhou de Messias em contra-ataque serviu Romildo na área. O volante foi derrubado por Luiz Otávio e o camisa 89 cobrou com precisão para marcar.
Enquanto não tem um coletivo azeitado, Luis Castro pode contar com atletas que dão boas respostas se utilizados num contexto favorável. A partidaça de Erison é um belo exemplo. Já o Ceará não se encontrou com a ausência de Vina e mostrou-se muito irregular em todos os aspectos.
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