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Mesmo sem brilho, Galo aniquila a estratégia do América em 12 minutos
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O que fazer quando o adversário se fecha para forçar o erro e explorar contra-ataques? Um dos antídotos é a ''contra-pressão'', reagir rápido ao perder a bola, a já popular ''pressão pós-perda''. O Atlético se utilizou dela para sufocar o Coelho em determinado momento e abalar totalmente o plano de jogo do time da casa. A partir daí construiu cenários favoráveis e, mesmo sem grande atuação, foi preciso na vitória que deu a liderança do Grupo D ao alvinegro. Se o Independiente del Valle vencer o Tolima nesta quarta, o América estará eliminado.
Precisando da vitória manter viva a chance de classificação, o América teve muitos desfalques. Vagner Mancini precisou montar uma linha de cinco na defesa. Lucas Kal, Wellington Paulista, Alê e Everaldo foram as principais ausências. Felipe Azevedo jogou como um volante, ao lado de Juninho. No Galo, Turco Mohamed escalou Vargas mais uma vez pelo lado esquerdo do ataque. Keno, recuperado de lesão, começou no banco.
O Coelho entendeu da pior maneira que um erro somente pode bastar para sofrer diante de um adversário da qualidade do Galo. Vinha fazendo um bom início de jogo. Negando espaços, compacto e concentrado, forçando alguns erros alvinegros e causando desconforto em contra-ataques, como aos seis minutos, quando Paulinho Boia recebeu um belo lançamento de Iago Maidana e chutou para a defesa de Everson.
O problema foi lidar com as já citadas pressões pós-perda do Galo no campo de ataque. Em uma delas, Juninho se viu cercado por três jogadores e entregou um passe no peito de Hulk. Logo quem! O camisa 7 avançou até a área e rolou para Guilherme Arana abrir o placar logo aos 12 minutos. A estratégia americana ruía neste momento.
Antes disso, Eder fazia uma função híbrida. Se Hulk ou Nacho flutuassem entre a linha de defesa e de meio do Coelho, ele perseguia. Se atacassem a profundidade, ele compunha a linha de cinco atrás. Mesmo com seus planos iniciais frustrados, o América não se abateu. Mostrou agressividade com a bola e boa movimentação. O ritmo forte que imprimiu na partida, fez duas vítimas de lesão muscular no Galo.
Mariano e Vargas deixaram o gramado antes dos 30 minutos. Guga e Ademir entraram. Como o time da casa se abriu, os espaços acabaram aparecendo para os visitantes. Hulk teve grande chance em contra-ataque, ao receber passe em profundidade de Nacho, mas adiantou demais a bola e foi abafado por Jailson.
O Coelho também teve seus momentos de perigo, quase sempre retomando bolas no campo de ataque, mas sucumbiu novamente aos 36'. Zaracho, que passou a jogar pela esquerda com a entrada de Ademir, recebeu com liberdade e esperou a ultrapassagem de Arana. O lateral recebeu em profundidade e cruzou na medida para a finalização de Nacho Fernandez.
Mais uma vez o América não se abateu e diminuiu o placar um minuto depois. João Paulo bateu escanteio na primeira trave, Everson falhou, Jair hesitou, e Conti desviou para marcar. Um prêmio pela personalidade e espírito de luta do time. Em contrapartida, o Galo já encontrava facilidade para circular a bola perto da área e explorava bastante o lado direito da defesa americana. Nacho dava o ritmo!
O meia atleticano quase teve sua bela atuação coroada com mais um gol logo aos seis minutos do 2º tempo. Ademir roubou uma bola de Conti e invadiu a área, acabou caindo em nova disputa de bola com o zagueiro, e Nacho bateu cruzado para a bela defesa de Jailson. O argentino ainda arriscaria da entrada da área pouco depois, também com perigo. O América tentava buscar o resultado, mas errava e dava espaços.
Destaca-se o bom trabalho defensivo feito pelo Atlético no 2º tempo. Sempre muito firme nos duelos, concentrado para acertar o posicionamento e as coberturas. A dupla de zaga se impôs totalmente diante do ataque americano. Arana e Guga esbanjaram segurança. Jair e Allan foram bem ativos protegendo a entrada da área.
Com espaço para correr, Ademir era a arma certa contra o ex-clube. Teve duas boas oportunidades em assistências de Guga e Hulk, mas desperdiçou ambas. Como o América pressionava, mas não conseguia causar muitos danos ao Atlético, os visitantes se deram até ao luxo de baixar o nível de intensidade nos últimos 30 minutos.
Mancini tentou algo novo com Índio Ramirez, Raul Cáceres, Juninho Valoura, Gustavinho e Carlos Alberto, mas não obteve tanto sucesso. A única jogada de perigo real veio em cabeçada de Eder no ângulo esquerdo. Everson fez grande defesa! Faltou qualidade individual e coletiva para ser mais contundente. Keno entrou na reta final e ainda perdeu chance incrível diante de Jaílson.
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