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Real de Rodrygo mostra ao City o que é ser gigante
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Quem acompanha futebol munido do mínimo de razão sabe. O Real Madrid é maior clube do mundo! E isso explica muito o que aconteceu na noite desta quarta no Santiago Bernabeu. O City foi mais organizado e poderia ter se classificado a mais uma final de Champions, mas teve um preciosismo excessivo na reta final do jogo, e sucumbiu à força da camisa merengue. O Real não desistiu! A torcida jogou junto! E Rodrygo foi o protagonista da virada histórica
Carlo Ancelotti surpreendeu ao deixar Alaba no banco. Nacho entrou na zaga. Valverde foi adiantado com o retorno de Casemiro ao meio-campo do Real Madrid. No City, Pep Guardiola teve a volta dos laterais Walker e João Cancelo em relação ao primeiro jogo. O restante do time foi o mesmo, incluindo Gabriel Jesus como centroavante.
O 1º tempo esteve dentro daquilo que dá a tônica nos jogos de alto nível no futebol mundial atualmente. A busca por apertar a saída de bola rival para forçar o erro, e o adversário tentando achar soluções para superar essas pressões e aproveitar os espaços que surgem. O Manchester City acabou sendo eficiente nesta dinâmica e chegou mais próximo de sair vencedor.
Não que o Real Madrid não tenha tido os seus momentos de perigo. Benzema finalizou com certa liberdade dentro da área duas vezes e mandou por cima. Vinícius Junior também perdeu boa chance na sequência. Kroos bateu uma falta da entrada da área perto do ângulo de Ederson. Mas faltou mais constância, principalmente por precisar da vitória.
Pudera. Do outro lado estava um dos melhores e mais organizados times do Mundo. Pep Guardiola idealizou uma pressão eficiente com Gabriel Jesus e De Bruyne dando o primeiro combate na parte central, amparados por Foden e e Mahrez pelos flancos, e Bernardo Silva e Rodri logo atrás. João Cancelo também foi importante subindo para acompanhar os deslocamentos de Valverde.
Os ingleses não foram contundentes o tempo inteiro, mas o suficiente para criar mais ataques. O principal deles uma finalização de Bernardo Silva após lindo passe de De Bruyne. Gabriel Jesus se mexeu com inteligência, assistiu os companheiros e quase marcou um golaço da entrada da área. Foden foi outro a exigir boa defesa de Courtois. De Bruyne e Bernardo Silva conseguiram controlaram o ritmo durante boa parte da 1ª etapa.
Já os Merengues não conseguiram o mesmo sucesso do City na marcação adiantada, mas quando superavam essa estratégia rival, sempre invertendo o jogo e tirando a bola da zona pressionada, contavam com mais agressividade e velocidade na resolução dos lances. Vini Jr, Carvajal e Valverde tiveram bons momentos neste contexto.
Um detalhe negativo do City foi o espaço que surgia entre os integrantes da última linha de defesa quando o bloco de marcação do time recuava. Benzema leu essas lacunas com inteligência, mas não conseguiu balaçar as redes. Quem também não conseguiu marcar foi Vinícius Junior. Teve uma chance muito clara logo aos 15 segundos do 2º tempo, em jogada ensaiada a partir da saída de bola, mas mandou pra fora o cruzamento de Carvajal.
Gabriel Jesus respondeu. Agora pela esquerda, com Foden como centroavante, fez bela jogada em cima de Carvajal e bateu cruzado para a boa defesa de Courtois. O Real Madrid conseguia no 2º tempo apresentar mais intensidade na abordagem de marcação dentro do campo rival, e fez o City sofrer por alguns instantes. Vini Jr quase sempre era o alvo para deixar os ataques mais agudos. Criou bom lance que terminou em finalização de Modric, mas oscilava entre boas decisões e imprecisão em alguns domínios de bola, o que lhe tirava possibilidades de criar.
Carlo Ancelotti pôs Rodrygo em campo e sacou Toni Kroos, o Real se abriu. Guardiola sacou Walker e De Bruyne. Nitidamente quis renovar o fôlego de sua equipe, e não demorou a funcionar. Bernardo Silva teve muita liberdade pelo meio e conduziu até encontrar Mahrez na área. O argelino se redimiu dos muitos gols perdidos no jogo de ''ida'' e balançou a rede.
O Real parecia abatido. Desorganizado, tentava pressionar e sofria muitos contragolpes perigosos dos ingleses. Grealish, duas vezes, e João Cancelo, obrigaram Courtois a fazer grandes intervenções. Mendy salvou uma bola em cima da linha. Quando se tem tantas oportunidades de matar um clube do nível dos Merengues e não se faz, a chance de algo dar errado é grande. E deu!
Camavinga, que havia entrado pouco antes e foi muito importante na virada, lançou Benzema na área, ele escorou e Rodrygo marcou. Um minuto depois, aos 45', o mesmo Rodrygo recebeu cruzamento de Carvajal e fez um lindo gol de cabeça. O Santiago Bernabeu explodiu de alegria e o City desabou. O cenário estava pronto para a prorrogação.
Rodrygo ainda teve uma grande oportunidade nos acréscimos do tempo normal, mas parou em Ederson. Não fez falta. Logo aos três minutos do tempo extra, recebeu de Camavinga e serviu Benzema na área. O francês foi derrubado por Ruben Dias e concluiu com precisão a cobrança de pênalti alguns instantes depois.
O City se reorganizou mentalmente de forma mínima e quase empatou a prorrogação. Fernandinho e Grealish chegaram muito perto de igualar o placar, mas apesar da pressão no fim a história já estava traçada. O Real vai em busca do seu 14º título europeu. O time de Manchester seguirá sem nenhum.
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