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Cruzeiro sofre, mas mostra que segue bem em busca dos objetivos do ano
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Que a Raposa precisa voltar para a Série A todo mundo sabe, mas a forma que isso acontecerá pode dizer muito sobre a sequência do clube em busca dos dias de glória. A classificação sobre o Remo na noite desta quinta-feira, pela 3ª fase da Copa do Brasil, é mais um episódio nessa caminhada. ''Arrumando a casa'' fora de campo, o time celeste novamente mostrou ter um bom trabalho dentro do gramado com Paulo Pezzolano no comando. Teve sofrimento e emoção, mas dominou inteiramente os 90 minutos e Rafael Cabral pegou quatro pênaltis.
Paulo Pezzolano optou por Adriano no meio-campo. Recuperado, Fernando Canesin ficou no banco. Geovane Jesus seguiu na ala-direita. João Paulo continua ausente e a equipe formou novamente num 3-4-3. No Remo, o experiente Paulo Bonamigo teve muitos desfalques. Escalou um 4-4-2 sem a bola, com Erick Flores e Fernandinho, os homens de lado no meio-campo, retornando até a linha defensiva para acompanhar os laterais cruzeirenses. Desta forma, a área ficava sempre preenchida com zagueiros e laterais.
Os dez minutos iniciais foram um verdadeiro caos para o Remo. Embalado pelo apoio da torcida, que lotou o Independência, o Cruzeiro teve quatro boas chances no período. O time foi intenso e organizado nos movimentos ofensivos, atacou de forma coordenada as costas da defesa paraense, e por muito pouco não abriu o placar.
Willian Oliveira se destacou na distribuição dos passes. Em um deles deixou Luvannor cara a cara com Vinícius, mas o atacante bateu em cima do arqueiro. Bidu, Edu e Jajá também chegaram com perigo, mas o Remo enfim igualou a ''pegada'' do time da casa e começou a dificultar as coisas. Tinha como válvula de escape a retenção de bola de Brenner, que cavou algumas faltas, ou as projeções em velocidade de Leonan pela esquerda.
O lateral remista quase marcou um golaço em desatenção cruzeirense numa falta no lado esquerdo da intermediária. A maior parte do tempo, porém, a Raposa esteve presente no campo de ataque. Tentando circular a bola com velocidade, se mexendo, e respondendo rápido ao perder a bola. Faltou mais precisão e calma para criar tanto quanto nos minutos iniciais. Bidu e Geovane Jesus erraram cruzamentos e se colocaram em impedimento com certa frequência.
Jajá e Luvannor tiveram algumas dificuldades para dar prosseguimento às jogadas quando recebiam de costas na intermediária. O Remo passou a marcar forte. Como Erick Flores e Fernandinho recuavam bastante e formavam quase que uma linha de seis atrás, sobrava espaço para os zagueiros. Oliveira acertou a trave em chute de muito longe, e Zé Ivaldo e Eduardo Brock foram importantes com inversões de lado, fazendo a bola andar no campo de ataque.
Pezzolano voltou para o 2º tempo com Daniel Junior e Rodolfo nos lugares de Geovane Jesus e Luvannor. Jajá passou a jogar na ala-direita. Rodolfo e Daniel mais próximos de Edu. O cenário manteve-se o mesmo, mas desta vez o volante cruzeirense que se destacava nas ações ofensivas era Adriano. Ele iniciou dois lances que terminaram com finalizações perigosas de Edu e Rodolfo. Daniel Junior, que entrou bem em dobradinhas com Jajá pela direita, aplicou uma linda caneta na entrada da área e chutou de longe. Vinícius espalmou.
O Remo não conseguia contra-atacar. Estava encurralado no campo de defesa. Bidu e Willian Oliveira deixaram o gramado para as entradas de Rafael Santos e Fernandon Canesin. O meia mal entrou e já teve uma boa chance. Tabelou com Jajá e bateu de chapa da entrada da área. Vinícius defendeu. Um minuto antes, Daniel Junior já havia chutado rente ao ângulo esquerdo com muito perigo.
Tanta insistência e domínio seriam premiados aos 30 minutos. Rafael Santos bateu escanteio pela direita, Rafa Silva, que acabara de entrar no lugar de Adriano, escorou de cabeça e Edu dominou para marcar na pequena área. O ritmo da Raposa caiu um pouco e o Leão quase estraga a festa em cabeçada de Erick Flores aos 35'. A alta intensidade cobrou o seu preço e perna pesou. O Remo ensaiou uma pressão e a decisão foi para os pênaltis.
Nas penalidades, o artilheiro Edu e o atacante estreante Rafa Silva foram parados pelo bom goleiro Vinícius. Zé Ivaldo mandou pra fora. Pelo Remo, Marlon, Lailson, Leonan e Everton Sena tiveram suas cobranças defendidas pelo grande herói da noite: Rafael Cabral! Se ainda há torcedores com saudades de Fábio, o ex-goleiro do Santos tratou de tranquillizá-los.
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