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O líder que não se parece nem um pouco com um candidato a título
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Desde 2015 o Brasileirão não tem um 1º colocado, na 10ª rodada, que não dá a menor certeza de que brigará pelo título. Naquela ocasião, o Sport, que era um time bem montado, mas não tinha forças para lutar pelo caneco, era o líder. O Corinthians passa a mesma sensação. Continua com o desempenho frágil. Algo que se repetiu na derrota por 1x0 para o Cuiabá. Nem sempre a eficiência de Cássio e o bom aproveitamento nas finalizações vão decidir. Quem quer ser campeão precisa de muito mais.
Antônio Oliveira ainda não pôde ficar no banco, mas já promoveu mexidas na equipe. Reforçou o meio com Camilo, Gava e Pepê. Deu chance também a Felipe Marques e André Luís pelos lados. Já Vitor Pereira seguiu com o rodízio e escalou três zagueiros, algo que não ocorria desde o jogo com o São Paulo. Bruno Melo foi a surpresa como titular na ala esquerda. Mantuan seguiu na ala direita. Cantillo entrou no meio.
Os primeiros minutos deram a sensação que o jogo seria muito movimentado. Foram cinco bons ataques até os 11 minutos. Três do Cuiabá e dois do Corinthians. O time da casa explorava o espaço entre Gustavo Mantuan e Robson pelo lado direito da defesa alvinegra. Felipe Marques era acionado em profundidade ou contava com a aproximação de Uendel e Pepê no setor. O zagueiro corintiano também ''colaborava'' com sua insegurança. Cássio precisou trabalhar.
No lado dos paulistas, algumas boas trocas de passe eram realizadas. O time ocupava os espaços no campo de ataque. Róger Guedes saía da referência e dava opções pelo meio. Esses movimentos eram compensados, mas as ações coletivas eram lentas e muito pouco ousadas perto da área. Gustavo Silva cabeceou em cima de João Carlos a melhor chance do Timão no 1º tempo. Uma chance rara num deserto de criação.
Sem a bola, o Corinthians era passivo. Letárgico nas transições defensivas e espaçado, pouco combativo na frente da área, principalmente no setor de Cantillo. Depois da parada técnica para hidratação, o Cuiabá retomou o ritmo inicial. Pepê já havia feito boa jogada, novamente pela esquerda, quando Uendel roubou uma bola de Adson no campo de ataque, tabelou com Felipe Marques, e chutou no canto esquerdo de Cássio para abrir o placar.
Os visitantes não conseguiram reagir e o Cuiabá seguiu trocando passes dentro do campo corintiano, rondando a área. Vitor Pereira sabia que precisava mudar radicalmente o cenário para pontuar. Lucas Piton, Renato Augusto, Giuliano e Junior Moraes entraram nos lugares de Bruno Melo, Robson Bambu, Du Queiroz e Adson. Montou um 4-1-4-1 com Renato e Giuliano como meias, Róger Guedes pela esquerda.
Logo no início do 2º tempo o Dourado perdeu uma grande oportunidade de ampliar. Alan Empereur subiu sozinho e cabeceou com perigo. Perdeu também o atacante André Luís, lesionado. Alesson entrou. Com mais qualidade para manter a posse e articular jogadas, o Timão teve uma melhora, ficou mais agressivo. O efeito imediato foi o recuo excessivo do Cuiabá e o crescimento de Róger Guedes no jogo.
O camisa 9 finalizou com perigo duas vezes até os 20 minutos. Rodeado por Renato Augusto, Lucas Piton e Giuliano, via mais qualidade para dialogar e condições para circular pelo ataque a partir do lado esquerdo. Os anfitriões reagiram com as entradas de Valdívia, Jenison e Marcão. Pepê cresceu no jogo e o Cuiabá saiu do sufoco momentâneamente. O ex-volante do Sport quase marcou o segundo em chute da entrada da área.
Róger Guedes voltou a assustar em cabeçada aos 30', o Timão pressionou, mas a intensidade era baixa, e a incidência de jogadas coletivas foi irrelevante. A entrada de Paulão reforçou a boa proteção de área já feita por Marllon e Empereur, e o Dourado, por enquanto, saiu da zona de rebaixamento.
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