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Flamengo tem desempenho de time rebaixado no Brasileirão 2022
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Pode parecer exagero, mas dos dez jogos disputados no atual Campeonato Brasileiro, o rubro-negro carioca teve rendimento satisfatório em apenas três deles (Botafogo, São Paulo e Palmeiras). Sempre falta algo! Quando há concentração e intensidade por parte dos atletas, peca na organização tática e repertório ofensivo. Quando o time se organiza coletivamente, falha em pontos individuais. A derrota para o Bragantino foi só mais um exemplo da total desconexão que é o Flamengo na temporada.
Mauricio Barbieri contou com os retornos de Léo Ortiz e Eric Ramires. Kevin e Lucas Evangelista foram para o banco. Raul ganhou sequência como volante. Já Paulo Sousa não teve Bruno Henrique, Pablo e David Luiz, suspensos. Arrascaeta está com a seleção uruguaia. Lázaro e Léo Pereira foram titulares. Arão ficou no banco. Thiago Maia e Andreas Pereira formaram a dupla de volantes e Vitinho foi o meia-central.
Desde o minuto inicial do 1º tempo ficou nítido qual era o time mais preparado para dominar o adversário. Subindo a marcação com organização e intensidade, o Bragantino encurralou o Flamengo no campo de defesa. Forçava alguns erros na saída de bola rubro-negra ou ligações diretas sem qualquer efeito. Com a posse, o time da casa era envolvente. Circulava com velocidade e explorava Artur pelo lado direito.
Léo Ortiz iniciava com qualidade os ataques do Red Bull. Ao lado de Raul distribuía os passes e aproveitava a boa ocupação de espaços de sua equipe. O rubro-negro tentou adiantar o bloco de marcação em alguns momentos, mas novamente apresentava um misto de pouca intensidade e desorganização, se espaçando entre os setores e não pressionando a bola da forma devida. O resultado foram alguns bons ataques do Massa Bruta.
Em um deles, Artur bateu falta na área, Andreas Pereira tentou cortar e acabou ''matando'' toda a linha defensiva carioca. Luan Cândido, livre dentro da pequena área, só complementou. Helinho ainda teve um gol anulado aos 27'. Os visitantes só conseguiram finalizar na segunda metade do 1º tempo. Período em que os anfitriões recuaram e foram perdendo pressão na marcação. Aos poucos o Flamengo foi se encontrando.
Capitaneado por Everton Ribeiro, que tomava as melhores decisões, botou a bola no chão e encaixou algumas boas trocas de passe. Vitinho e Andreas finalizaram com certo perigo da entrada da área. Gabigol recebeu na área em contra-ataque e chutou cruzado para a defesa de Cleiton. Já aos 45', a melhor chance. Everton Ribeiro cruzou para Vitinho na boca do gol, mas ele furou e perdeu um gol feito.
Barbieri tentou recuperar o bom início de jogo de sua equipe com a entrada de Lucas Evangelista no lugar de Bruno Praxedes no intervalo. A cabeçada de Ytalo na trave, logo aos dois minutos, deu a impressão que isso poderia acontecer, mas o Massa Bruta não conseguia manter-se agressivo com a bola, e menos ainda tirava o time de trás para não se sufocado.
O Flamengo conseguiu circular a bola com mais velocidade e ocupar o campo de ataque com eficiência na 2ª etapa. Rondava a área adversária, mas não tinha tantas soluções para criar chances. Andreas Pereira chegou a sofrer um pênalti ao aproveitar bom passe de Everton Ribeiro, mas estava impedido na origem da jogada. Pedro foi a campo no lugar de Lázaro. Paulo Sousa tentava ter mais presença na área.
Um fato daria mais espaço ao Flamengo a partir dos 22 minutos. Luan Cândido acertou um tapa no rosto de Matheuzinho em desentendimento no meio-campo e acabou expulso. O técnico português, porém, foi conservador nas mexidas que fez. Sacou Ayrton Lucas e Thiago Maia para as entradas de Arão e Filipe Luís. Depois botou Gustavo Henrique e Marinho. Rodrigo Caio e Everton Ribeiro saíram.
O time trocou passes nas cercanias da grande área, mas foi nulo na criação, mesmo com um a mais no gramado. Levantou bolas a esmo, a exemplo do que vem acontecendo em determinados jogos, e a defesa paulista rechaçou a maioria.
As únicas finalizações perigosas vieram num chute de Marinho aos 44' e numa cabeça de Gabigol aos 49'. Cleiton foi bem em ambas. O Bragantino passou longe de fazer um grande jogo, mas mereceu a vitória pelo que mostrou no 1º tempo.
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