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Nenê precisa ter sua ótima carreira mais exaltada
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Dentro de pouco mais de um mês o meia Nenê completará 41 anos de idade. Um ''jogador de linha'' chegar a essa idade atuando profissionalmente já chama a atenção. Quando esse atleta é o destaque de um clube que está bem na Série B de melhor nível da história, o feito tem que ser destacado. Uma trajetória muitas vezes subvalorizada.
Nenê não dá nenhuma indicação que encerrará a carreira no final de 2022. Nas ocasiões em que abordou o assunto recentemente, disse se inspirar em Zé Roberto, que encerrou sua vida como atleta profissional aos 43 anos. Assim como o ex-meia e lateral fazia, os cuidados fora de campo são essenciais para manter-se em bom nível físico e dar a resposta ao longo dos jogos.
E que resposta! É óbvio que a Série B do Brasileirão, por melhor nível que tenha, não se compara à Série A. Mas traz outros desafios. Alguns deles geram dificuldades que poderiam complicar para um jogador da posição e da idade de Nenê. Pouco espaço, gramados piores, marcação mais dura, limitação técnica dos companheiros. Em meio ao cenário, o que se vê é o camisa 10 fazendo a diferença para o Vasco.
Até o início da 12ª rodada Nenê era - empatado com Diego Souza - o segundo jogador no ranking dos que mais participam diretamente de gols na competição. São três tentos e três assistências em 11 jogos disputados. O líder do Gigante da Colina em cada um desses quesitos. A referência técnica e hierárquica dentro do gramado.
Titular em todos os 22 jogos que fez no ano, o camisa 10 impressiona pela alta minutagem e o baixo número de lesões ou problemas físicos. Fruto de uma vida bem disciplinada e dedicada à profissão. Nenê se profissionalizou em 2000, aos 19 anos, no Paulista de Jundiaí, sua cidade-natal, e de lá saiu para construir uma história vencedora.
Se destacou por Palmeiras e Santos antes de rumar para a Espanha, em 2003. Jogou no Mallorca, Alavés, Celta de Vigo e Espanyol. Na França passou pelo Monaco, e desembarcou no PSG em 2009. Ficou três temporadas e meia na capital francesa. Teve maior destaque em 2011/2012, quando fez 27 gols e deu dez assistências em 47 jogos de uma equipe comandada por Carlo Ancelotti, atual campeão da Champions League.
Ficou também três temporadas no Qatar e teve breve estadia no West Ham antes de retornar ao Brasil em 2015. É a segunda passagem pelo Vasco, cinco temporadas ao todo. Participou de um rebaixamento pelo clube, mas comandou a campanha de acesso em 2016 e sempre foi um líder. Referência em campo. Jamais deixou de assumir a responsabilidade no Cruzmaltino.
Viveu um bom 2018 no São Paulo e um 2020 eficiente no Fluminense. A volta à São Januário aconteceu na reta final da Série B do ano passado. Teve um início promissor, mas caiu de produção junto com o time na frustrante campanha. Desta vez, porém, tudo indica que pode ser diferente.
Solto a partir da meia-central, Nenê finaliza, infiltra, busca o setor da bola para articular, flutua para os lados a fim de gerar superioridade e desequilíbrio em tabelas e triangulações. Bate faltas, pênaltis e escanteios. É onipresente aos 40 anos e não dá a menor pinta que está perto do fim.
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