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Sucesso de Diniz no Fluminense seria vitória para o futebol brasileiro
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São apenas 14 jogos em menos de dois meses. Um recorte muito curto para ter certeza de algo. O que temos até o momento é um desenvolvimento relevante do Fluminense com Fernando Diniz. A atuação massacrante contra o organizado time do Cruzeiro, na noite desta quinta, no Maracanã, foi mais uma mostra de como o time vem encorpando. O aproveitamento ainda pode crescer, mas o desempenho é ótimo.
E tem como premissa a essência do futebol brasileiro. Bola no chão, liberdade posicional aos jogadores, a qualidade técnica e a criatividade como requisitos para jogar. Agressividade, vontade de atacar sempre. Diniz tem pouco mais de dez anos como treinador profissional, mas é a sexta temporada num nível de exigência alto. Ainda tem bastante a evoluir no cargo. Mostra crescimento!
Ele repetiu a escalação da vitória sobre o Avaí pelo Campeonato Brasileiro. Um 4-2-3-1 com Arias flutuando a partir do lado esquerdo. Caio Paulista na lateral e Nonato formando dupla de volantes com André. Paulo Pezzolano não teve Léo Pais, Jajá e Neto Moura. Geovane Jesus, Filipe Machado e Rodolfo foram os substitutos no 3-5-2 cruzeirense.
O 1º tempo foi um massacre do Fluminense. De forma muito intensa, trocou passes com rapidez no campo de ataque, sempre gerando superioridade no setor da bola, atraindo o Cruzeiro, que se espaçou, e abriu muitas brechas para o Tricolor aproveitar. Rafael Cabral fez ótimas defesas em finalizações de André e Samuel Xavier. Bidu salvou em cima da linha uma finalização de Cano, que chegou a ter um gol anulado.
Ganso, Nonato e André tomaram conta do meio-campo. Ditaram o ritmo e retomaram rapidamente a bola quando o Cruzeiro a roubava. Manoel e Nino davam suporte a esses movimentos de pressão pós-perda. Samuel Xavier e Caio Paulista eram basicamente atacantes, e Luiz Henrique desequilibrava com seus dribles.
A Raposa estava sufocada. Não sabia o que fazer para diminuir o ímpeto tricolor. Não faltava entrega e concentração, mas taticamente não achava soluções para ser competitivo. Ao Fluminense, a precisão nos passes para a área poderia ser maior. Houve certa precipitação. As coisas ficaram piores para o Cruzeiro aos 41'. Geovane Jesus levou cartão vermelho ao dar entrada violenta em Nonato no meio-campo.
A supremacia do Fluminense foi confirmada aos 45'. Ganso recebeu pela direita, em sobra de escanteio, e cruzou na medida para a cabeçada de Manoel. Mas o futebol é o que é por peças que costuma pregar para contrariar a lógica. Zé Ivaldo, de forma inusitada, tentou marcar por cobertura em cobrança de falta antes do meio-campo. Fábio se enrolou. Machado bateu o escanteio na cabeça de Lucas Oliveira, que marcou.
Fernando Diniz sacou o lesionado Nonato no intervalo e colocou Matheus Martins, centralizando Arias. Pezzolano recompôs o lado direito da defesa com o experiente Rômulo no lugar de Rodolfo. Edu ficou solitário na frente. O Fluminense manteve o comportamento na 2ª etapa e pulou na frente no placar aos 10'. Arias recebeu passe em profundidade de Luiz Henrique e cruzou na cabeça de German Cano.
Matheus Martins - duas vezes, Cano, André, Caio Paulista e Luiz Henrique poderiam ter ampliado. Rafael Cabral evitou uma derrota pior, mas faltou mais concentração ao tricolor na hora de definir, sobrou preciosismo.
O Cruzeiro lutou da forma que pôde. Chegou a incomodar em alguns contra-ataques e Vitor Leque perdeu boa chance, mas a Raposa não conseguiu chegar perto de igualar as forças com o adversário em nenhum momento. Saiu no lucro!
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