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Postura incompreensível do Galo quase custa caro em Guayaquil
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Não era um jogo na altitude, o Atlético não defendia uma vantagem de gols, e o Emelec passa longe de ser poderoso. Pelo contrário. Foi o 6º colocado na última Liga Equatoriana. Não atuava há um mês e perdeu o seu melhor jogador esta semana. O posicionamento excessivamente recuado e a pouca imposição com a bola são injustificáveis para um time da qualidade do Galo em jogo de tamanha importância.
A postura decepcionante dos mineiros rendeu o empate por 1x1. A infantil expulsão de Allan, na metade do 2º tempo, despertou o time novamente. Hulk perdeu um pênalti no fim, mas a guinada não apagou a fraca atuação dos mineiros.
Sem o ponta João Rojas, seu principal jogador, negociado com o Monterrey(MEX), o técnico Ismael Rescalvo optou pelo argentino Bruno Pittón no setor. Ele é lateral-esquerdo de origem, mas jogou adiantado. Já Turco Mohamed deu merecida chance a Rubens, que vem jogando melhor do que Vargas. O chileno começou no banco. Otávio mais uma vez substituiu Jair, e Ademir foi titular na ponta-direita.
Parecia que o 1º tempo seria tranquilo para o Atlético. Conseguiu criar dois ótimos ataques até os 15 minutos. No primeiro deles, Hulk recebeu de Ademir no bico esquerdo da grande área e chutou para a ótima defesa de Pedro Ortiz. Já no segundo, o goleiro equatoriano teve que buscar a bola no fundo da rede. Hulk recebeu passe longo de Everson, escorou no pivô para Nacho, que deixou Ademir na cara do gol. 1x0 Atlético!
O Emelec tentava pressionar a saída de bola do Galo, e as ligações diretas a partir do goleiro brasileiro eram uma ótima alternativa. Os anfritriões demoravam a reocupar os espaços no campo de defesa e davam liberdade para Hulk, Nacho, Ademir e Rubens. A morosidade do jogo foi causando um efeito negativo no alvinegro, que passou a ser permissivo na marcação e errar muito no ataque.
Hulk ainda perdeu uma ótima chance aos 23', mas depois disso só deu Emelec. O ''Bombillo'' chegava com passes forçados em direção a Cabeza. Ele tentava escorar e encontrar um companheiro. Mas o time foi ganhando confiança com a queda do Galo. Passou a utilizar o lado esquerdo para trocar passes curtos. Tinha Sebastian Rodriguez e Zapata - que flutuava a partir da direita - como homens mais criativos.
Sebá Rodriguez bateu com perigo da entrada da área aos 38', e Jackson Rodriguez acertou a trave esquerda de Everson três minutos depois. Hulk reclamava com a arbitragem e competia menos com os zagueiros. Ficou isolado. Ademir e Rubens não conseguiam mais fazer o trabalho defensivo e ir ao ataque em transições. Alan chegava atrasado na marcação. Nathan Silva era o destaque na defesa.
O Atlético seguiu muito retraído e as bolas alçadas para Cabezas voltaram a ser exploradas. Em uma delas, Nathan Silva acertou uma cotovelada na cabeça do centroavante e o pênalti foi marcado. Sebastian Rodriguez bateu com categoria e empatou aos 12'. O Galo até acertou alguns bons contra-ataques. Hulk finalizou por cima um deles e serviu Ademir em outro, mas o camisa 19 bateu por cima da meta.
O jogo virou um drama para os brasileiros após a expulsão de Allan. Ele acertou uma cotovelada ao ser provocado por Jackson Rodriguez e foi direto para o chuveiro com o auxílio do VAR. Hulk, sempre ele, criava basicamente sozinho as chances do Atlético. Aos 33', tabelou Ademir e bateu na saída de Ortiz, que fez grande defesa. Logo depois foi derrubado na área e teve a penalidade máxima defendida por Ortiz.
Já sem o centroavante Cabeza em campo, o Emelec perdeu seu principal argumento ofensivo, e não conseguiu fazer uma pressão efetiva nos minutos finais, evidenciando toda a sua limitação e o desempenho abaixo da média do Galo. O cansaço pelo excesso de jogos pode ter influenciado, mas faltou atitude de protagonista ao time de Turco Mohamed.
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