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Contra o Santos, Everton Ribeiro mostrou algo importante a Dorival Junior
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O Flamengo perdeu Andreas, jogador muito utilizado por Dorival. Teve os desfalques recentes de Arão e João Gomes, e Diego Ribas reapareceu na equipe. O desempenho frágil ficou nítido mais uma vez no jogo contra o Tolima, na última quarta-feira, e a atuação de Everton Ribeiro, em nova função, na vitória sobre o Peixe, mostrou ao treinador que não há a necessidade de mais minutos ao camisa 10.
Everton Ribeiro tem tido dificuldades de ocupar uma faixa maior do campo, algo que precisa fazer quando atua pelo lado, desde a temporada passada. Por que não dar sequência a ele como um dos meias centrais do 4-3-3 rubro-negro? O próprio Arrascaeta também já mostrou que pode jogar no setor. Até mesmo o jovem Victor Hugo pode se desenvolver a acrescentar. Todos rendem mais que Diego Ribas na função.
Fabian Bustos seguiu com os desfalques de Madson e Maicon. Auro e Velázquez foram titulares. Fernandez, suspenso, deu vaga a Camacho. Lucas Pires foi preservado, Felipe Jonatan entrou. E Ângelo ganhou chance desde o início. Baptistão fez dupla com Marcos Leonardo. Dorival Junior poupou diversos jogadores. Destaque para a inédita titularidade do jovem meia Victor Hugo.
O Flamengo foi superior ao Santos no 1º tempo. De forma serena, mas assertiva, trocou passes com paciência até encontrar espaços num desorganizado Santos. Os problemas do time da casa começavam no primeiro combate. Léo Baptistão e Marcos Leonardo não conseguiam pressionar de forma eficaz os zagueiros do Flamengo e fechar a linha de passe para Thiago Maia. Ali os visitantes iniciaram o controle.
O volante ou os zagueiros, e até mesmo o goleiro Santos, encontravam passes para fazer o time superar essa primeira pressão santista. A linha de meio não acompanhava o movimento, e os cariocas progrediam com facilidade. Everton Ribeiro faziam bem a distribuição um pouco mais a frente. Vitinho e Marinho aguardavam o passe bem abertos. Matheuzinho e Ayrton Lucas apoiavam na sequência.
Desta forma e com predominância pela direita, o rubro-negro produziu. Pedro oferecia bons pivôs pelo meio e agredia a área depois. Recebeu um cruzamento de Everton Ribeiro após belo passe Marinho aos 17', e empurrou para a rede. Além dos problemas de posicionamento, faltava uma postura mais forte ao Santos para marcar. Isso melhorou nos últimos 15 minutos da 1ª etapa, mas o Flamengo seguia mais organizado.
Pedro e Victor Hugo ainda desperdiçaram grandes chances de ampliar antes do intervalo. Lucas Braga e Baptistão tentavam tirar o Peixe do marasmo. Com a bola, o time parecia sem confiança. Por mais que a marcação rubro-negra fosse permissiva em sua abordagem, a sensação é de que o cenário de insucesso inicial anestesiou os anfitriões. Lucas Braga acertou dois bons chutes da entrada da área, mas foi pouco.
Na 2ª etapa o Peixe conseguiu adiantar suas linhas com mais eficiência, mas o Flamengo teve duas ótimas chances antes dos 20 minutos. Pedro recebeu de Everton Ribeiro em duas jogadas idênticas nas costas da zaga, driblou João Paulo, mas perdeu o ângulo no momento da finalização. O velho ditado ''quem não faz, leva'' apareceu na Vila Belmiro, Zanocelo bateu falta de longe, com força, e Santos aceitou.
Dorival resolveu colocar seus homens mais decisivos em campo. Arrascaeta e Gabigol entraram nos lugares Everton Ribeiro e Marinho. Diego também entrou. Não demorou para o uruguaio puxar um contra-ataque pelo meio e servir Pedro na área, ele bateu em cima de João Paulo e Gabigol marcou no rebote.
O Santos pressionou. Nitidamente cansado, o Mais Querido deu espaços para finalizações da entrada da área, errou saídas de bola simples. Bruno Oliveira e Rwan Seco melhoraram a produção ofensiva alvinegra, mas foi insuficiente para vencer, mesmo finalizando nove vezes só na 2ª etapa. Há mais de 40 dias o Peixe não sabe o que é ganhar dentro de casa.
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