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Mais do que classificado, Timão é sobrevivente nesta Libertadores
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O Corinthians fez um jogo sofrível na Bombonera, mas bateu o Boca Juniors nas penalidades máximas e voltou às quartas de final da Libertadores, fase que não alcançava desde 2012, quando foi campeão diante do mesmo time xeneize. Com todos os problemas enfrentados e o sufoco sofrido na 1ª etapa, quando Benedetto perdeu chances incríveis, comemorar o resultado é mais importante do que lamber as feridas.
Sebastian Battaglia contou com o retorno de Fabra na lateral-esquerda e escalou o restante da equipe que entrou em campo em Itaquera. Já Vitor Pereira, em meio a muitos desfalques, teve Willian e Gil no banco. Du Queiroz voltou. Ele montou inicialmente um 5-3-2, mas logo depois mudou de ideia.
A proposta inicial era ter Mantuan ao lado de Roger Guedes. Ganharia um jogador mais rápido para a puxada de contra-ataque e alguém para compensar as circulações do camisa 9 pelo campo quando o Corinthians se estabelecesse no ataque. Em contrapartida, com apenas três atletas na faixa de meio-campo, perdeu poder de preenchimento dos espaços, não fechou as linhas de passe, e nem pressionou a bola.
Depois dos 15' reposicionou Mantuan pela direita, fixando o 5-4-1 sem a bola e sofrendo menos nos ataques do Boca pelos lados. Mesmo assim, só Deus, São Jorge e Benedetto sabem como o time argentino não terminou o 1º tempo vencendo. O camisa 9 bateu um pênalti na trave aos 30' e perdeu uma chance incrível em contra-ataque puxado por Zeballos pela direita. Villa também desperdiçou de frente com Cássio.
O goleiro do Timão vivia uma noite insegura. Errou em duas saídas pelo alto. Em uma delas possibilitou o pênalti cometido por Raul Gustavo, e em outra quase gerou um gol a Rojo. João Victor era outro em noite muito infeliz. Saiu lesionado nos acréscimos da 1ª etapa, mas até ali quase matou o torcedor corintiano do coração. Coletivamente o time estava mal. Marcava de forma frouxa e não se mobilizava para ficar com a bola.
O Boca trabalhava a posse sem ser perturbado e aproveitava para acelerar quando os espaços surgiam. Varela, Pol Fernandez e Óscar Romero circulavam com desenvoltura por dentro. Fabra e Villa mantinham boa dobradinha pelo lado esquerdo. Zeballos era bem agudo pela direita. Só faltou o gol. Nos momentos em que o Timão tinha a bola, a mantinha numa ''zona morta'' do campo, sem progredir e incomodar.
O Timão melhorou um pouco no 2º tempo. Aproximou os setores em fase defensiva e dificultou a penetração do Boca em sua defesa. Os argentinos passaram a trocar passes com mais lentidão e se impacientaram a medida que o tempo foi passando. Os brasileiros, porém, seguiam sem oferecer nada ofensivamente. Não contra-atacavam com perigo e não seguravam a posse no campo rival.
A entrada de Gil no lugar de João Victor foi benéfica para o alvinegro. Não só por ter melhorado a proteção de área e aumentando segurança, mas também pela liderança e confiança passada aos companheiros. Coube a ele bater o derradeiro pênalti da longa disputa. Cássio foi o herói e pegou dois. Rossi, um exímio pegador de penalidades, defendeu outros dois, e acertou o canto em quase todos. Benedetto isolou, Juan Ramirez perdeu o último do Boca, e o Timão passou.
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