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Orgulho e certeza de ótimo trabalho definem o eliminado Cruzeiro
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O Cruzeiro não reverteu o 2x1 sofrido no Maracanã, acabou com um exagerado 3x0 contrário, hoje, mas foi o time que conseguiu colocar o Tricolor em apuros depois de 50 dias de ótimas atuações. A marcação forte e organizada, quase o tempo inteiro, tirou os cariocas da zona de conforto. Não foi o suficiente para vencer, mas a demonstração de apoio dada pela torcida após o jogo reflete o caráter competitivo do time celeste
Chegar longe na Copa do Brasil era importante, mas não o principal objetivo do Cruzeiro na temporada. Vencer e ser dominante na Série B é o norte, e isso vem correndo. Há uma equipe formada no time mineiro, tanto que colocou pra trás um adversário que sabe exatamente o que fazer para se impor com a bola nos pé
Paulo Pezzolano não pôde contar como lateral-direito Geovane Jesus, o volante Neto Moura, e os meias-atacantes Jajá e João Paulo. Sacou o zagueiro Zé Ivaldo e escalou mais um meio-campista. O jovem Vitor Leque foi a surpresa pelo lado direito. Luvannor jogou bem próximo de Edu. Fernando Diniz não teve desfalques em sua equipe titular. Repetiu a base que vem escalando com Caio Paulista de lateral-esquerdo.
O 1º tempo apresentou aquilo que pode haver de mais intensidade a esta altura da temporada. Dois times com energia em todas as ações possíveis, disputando cada milímetro do gramado com gana. O resultado foi um duelo interessante e com alternância de domínio até o intervalo. O Fluminense começou melhor, mas o Cruzeiro, mesmo muito nervoso, foi mais perigoso na segunda metade da etapa inicial.
Léo Pais ficava alinhado a Oliveira e Brock na saída de bola, liberava Matheus Bidu pela esquerda. Isso fazia com Luvannor infiltrasse perto de Edu no miolo do ataque. Vitor Leque se mantinha bem aberto pela direita. O Cruzeiro tentava impor seu jogo desta forma, mas nos primeiros minutos viu um Fluminense mais preciso com a bola, executando a sua já conhecida estratégia muito bem, e criando oportunidades.
Rafael Cabral evitou o gol de Caio Paulista logo aos 5', e Willian Oliveira, que salvou uma finalização de André com o gol aberto, saiu lesionado. Pedro Castro entrou e Filipe Machado foi recuado. Matheus Martins e Arias também invadiram a área em condições de marcar após belas trocas de passe, mas hesitaram no momento da finalização. O Tricolor lidava bem com as pressões que a Raposa fazia no setor da bola.
O ímpeto cruzeirense era muito alto, e mais cedo ou mais tarde isso daria resultado. Manteve a ''pegada'' e começou a incomodar o Fluminense. Cortar a posse de bola dos cariocas, roubar no campo rival, e avançar metros. O problema foi a precipitação ao se aproximar da área. Era um time organizado, rápido e agressivo para produzir, mas afobado. A linha defensiva do Tricolor respondia bem.
Vitor Leque teve ótima chance em avanço de Léo Pais, mas cabeceou em cima de Fábio. Edu e Luvannor também assustaram. O destempero cruzeirense ficou evidente na reta final do 1º tempo. Pezzolano foi expulso por reclamar demasiadamente em um lance bobo. Adriano e Filipe Machado levaram cartões pelo mesmo motivo. A pilha também passou ao Fluminense, e muitas discussões entre os atletas ocorreram.
O Cruzeiro voltou ainda melhor no 2º tempo. Conseguiu manter a intensidade e o Tricolor não. Parecia até desatento nos primeiros dez minutos. No período, Luvannor, Matheus Bidu e Eduardo Brock assustaram Fábio. A entrada de Martinelli tornou o meio-campo carioca mais competitivo e as coisas se equilibraram novamente. O camisa 38 seria determinante para o resultado final.
Logo depois das mexidas feitas por Pezzolano, com Rômulo e Waguininho em campo, o Cruzeiro demorou alguns minutos para se reorganizar, e isso foi fatal. Samuel Xavier e Caio Paulista já tinham finalizado com espaço da entrada da área. No mesmo setor, Arias tabelou com Cano e tocou na saída de Rafael Cabral por cobertura.
A Raposa seguiu lutando, mas perdeu muito da organização de antes. Ainda deu tempo de Martinelli descer pela direita e cruzar na medida para Cano emendar de primeira aos 39'. E Nathan, que ressurgiu depois de muito tempo, marcar nos acréscimos. Foi a sexta vitória seguida do Fluminense, que não sabe o que é perder desde o dia 11 de junho.
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