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Jandrei e Calleri desatam nó tático de Abel e São Paulo elimina o Palmeiras
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O São Paulo está nas quartas de final da Copa do Brasil. E deve agradecer prioritariamente a dois jogadores. Primeiro a Jandrei, que fez defesas salvadoras quando o Palmeiras era superior e pegou dois pênaltis. E depois a Calleri, que conseguiu um pênalti num momento muito delicado do jogo. Raphael Veiga, em noite imprecisa, perdeu duas penalidades, mas o Verdão teve ótima atuação. É clichê, mas ''cai de pé''.
Abel Ferreira optou por Gabriel Veron, mesmo em meio à polêmica que o jogador se envolveu nesta semana. Mas ele não fez exatamente a função de Rony. Atuou no lado direito, sem precisar marcar Welington no momento defensivo, papel que foi de Gustavo Scarpa. Raphael Veiga jogou no centro do ataque e Dudu foi para o lado esquerdo. Mexidas que confundiram demais a defesa tricolor.
Já Rogério Ceni repetiu a estrutura dos últimos dois clássicos entre as equipes. Miranda e Welington jogaram nas funções que foram de Arboleda e Reinaldo, que estão entre os muitos desfalques do elenco.
Os primeiros minutos foram um verdadeiro massacre alviverde. Instalado no campo de ataque e embalado pela atmosfera de apoio, circulava a bola com velocidade, tinha movimentos intensos e bem coordenados de interação entre os atletas, e contava com um São Paulo distante da concentração ideal. O resultado foi a criação de quatro chances reais em 12 minutos. Em duas delas a bola acabou na rede.
A vantagem tricolor ruiu com os gols de Piquerez e Raphael Veiga. O primeiro em um ''perde, pressiona'' iniciado por Danilo. Marcos Rocha, Scarpa e Verón participaram da jogada que terminou com a finalização do lateral uruguaio. O segundo veio em contra-ataque. Dudu, livre da necessidade de voltar marcando um dos alas são-paulinos, recebeu de Scarpa e fez a jogada que terminou na batida de chapa de Veiga.
Scarpa mais uma vez fazia uma função primordial para o sucesso do time. Sem a bola, voltava marcando Welington pela direita da defesa. Com ela, alternava a ocupação de espaços com Gabriel Veron. Por vezes atacava mais aberto. Em outras entrava em diagonal para o meio, e deixava a amplitude a cargo do jovem atacante. Raphael Veiga circulava por dentro e causava enorme confusão na cabeça de Gabriel Neves.
Com a vantagem, o Verdão ''deu'' a bola ao São Paulo e trabalhou bem seus encaixes. Além de Scarpa em Welington, Dudu vigiava Diego Costa, Gabriel Verón fazia o mesmo com Léo. Zé Rafael seguia Igor Gomes e Danil acompanhava Rodrigo Nestor. Veiga se dividia entre Miranda e Gabriel Neves. Piquerez batia com Igor Vinícius. Marcos Rocha caçava Patrick e Gustavo Gómez e Murilo se dividiam em Calleri.
O São Paulo era lento trabalhando a bola, mas chegou com perigo duas vezes, ambas em finalizações de Calleri. O Verdão, porém, era mais contundente nos contragolpes. Jandrei evitou ao menos dois gols ainda no 1º tempo. Ceni sacou o inoperante Patrick no intervalo e colocou Luciano. O Tricolor ganhou alguém com mais mobilidade por outros setores, mexeu um pouco nos encaixes rivais, mas sem maiores efeitos.
O cenário não mudou. O São Paulo tinha a bola no ataque, mas não era enérgico na busca pelo gol, errava e sofria nos contra-ataques. Dudu levava os defensores tricolores a loucura. Gabriel Verón perdeu grande chance aos 15'. Um minuto depois, Dudu chutou forte um rebote de escanteio na entrada da área e a bola explodiu na mão de Calleri. Pênalti. Raphael Veiga foi pra bola e perdeu, mandou por cima da meta.
A sequência do lance mudaria totalmente o jogo. Calleri recebeu um lançamento nas costas de Gustavo Gómez, superou o zagueiro e caiu na área. Leandro Pedro Vuaden marcou o pênalti ao ser chamado pelo VAR. Luciano converteu aos 24'. O Palmeiras só se recuperaria mentalmente nos últimos minutos. Jandrei fez grandes defesas em chutes de Dudu e Gustavo Scarpa. Calleri também assustou na reta final.
A estrela de Jandrei brilhou novamente na decisão por pênaltis. Pegou as cobranças de Wesley e Raphel Veiga. Weverton defendeu o chute de Luciano, mas Igor Gomes confirmou a vitória são-paulina na última batida. O time do Morumbi passou longe e fazer um grande jogo, mas foi preciso nos momentos certos.
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