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Só o ímpeto não dará um acesso tranquilo ao Vasco
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O Cruzmaltino caiu de produção nas sete partidas disputadas sob o comando de Maurício de Souza. É hora de ligar o sinal de alerta e entender que a ''liga'' que o time tinha com Zé Ricardo está se perdendo. Por mais que o novo comandante tenha mantido muito do que já era feito no ponto de vista tático, a sintonia do time não é a mesma. O Ituano fez um jogo voltado aos contra-ataques e conseguiu um empate em São Januário.
O time da casa contou com os retornos do goleiro Thiago Rodrigues, do lateral Gabriel Dias e do volante Andrey Santos. Figueiredo seguiu como desfalque e foi substituído por Erick mais uma vez. Já o interino Carlos Pimentel montou o Ituano no 4-3-2-1. Rafael Pereira atuou como volante. O goleiro Pegorari e o lateral-direito Pacheco foram desfalques. Filipe seguiu na meta e Kaio foi improvisado na direita.
O Vasco mostrou exatamente o que é nesta Série B na 1ª etapa. Um time impetuoso! Teve atitude, agressividade, e produziu algumas chances. Impulsionado pela torcida que lotou São Januário e fez uma bonita festa, pressionou o Ituano desde o primeiro minuto, mas apresentou erros recorrentes de organização ofensiva.
A começar pela afobação em fazer a bola chegar ao ataque. Quando os paulistas marcaram em bloco médio isso foi um problema. Os passes só saíam precisos dos pés de Andrey. Yuri, Edimar e Gabriel Dias, e a dupla de zaga, precipitavam a leitura correta dos lances e apresentavam falhas técnicas no fundamento. Depois que a equipe de Itu recuou demais, o Vasco só não marcou por imprecisão nos arremates.
Para completar, o sofrimento nos contra-ataques foi uma constante. Neto Berola e Aylon não precisavam retornar muito para marcar os laterais adversários. Este trabalho era feito por Lucas Siqueira e Caique, que se desdobravam para faciltar o acionamento do trio ofensivo nos contra-golpes. Em um deles, Rafael Elias marcou no rebote de Thiago Rodrigues após finalização de Neto Berola.
Erick e Yuri Lara chegaram perto de marcar em perigosas cabeçadas. Nenê e Raniel acertaram a trave, e Gabriel Pec quase marca um lindo gol de cobertura do bico esquerdo da grande área. O Gigante da Colina não deixou de criar. Trabalhou a bola melhor com o recuo excessivo dos paulistas. Fez boas jogadas pelos flancos e ocupou a área para finalizar, mas foi para o intervalo atrás no placar.
O que já estava difícil na 1ª etapa piorou no 2º tempo. O Vasco voltou estático. Erick e Gabriel Pec ficaram colados nos flancos e os laterais tentaram fazer ultrapassagens pelo meio. Os movimentos não eram coordenados. Nenê e Andrey não conseguiam se conectar com os pontas. O Ituano conseguiu dois contra-ataques perigosos antes dos dez minutos, mas perdeu força de contra-golpe com a saída de Neto Berola.
Maurício de Souza trocou os laterais por Léo Matos e Riquelme, a circulação de bola melhorou. Juninho também acrescentou mais que Yuri Lara neste sentido. Os jovens Eguinaldo e Marlon Gomes também entraram. A mobilidade vascaína aumentou e, mesmo com dificuldades de entrar na defesa rival, o empate saiu. O goleiro Filipi falhou em cabeçada fraca de Quintero e Raniel marcou no rebote.
Mesmo com a torcida apoiando bastante nos últimos minutos e deixando de lado as cobranças ao técnico Maurício de Souza, o Vasco não conseguiu criar mais. Tão pouco pressionou como esperado. É preciso evoluir nos aspectos ofensivos, tanto individualmente, quanto coletivamente. Entrega, intensidade e agressividade não faltam. Mas é necessário mais repertório para um acesso confortável.
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