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Fortaleza terá que fazer campanha de G-4 para se livrar do rebaixamento
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O empate sem gols resumiu de forma perfeita e melancólica o que foi o 1º turno de Fortaleza e Santos. Pior para os donos da casa, que vão precisar de dez vitórias nos próximos 19 jogos para ficarem tranquilos matematicamente. Fazer ao menos 30 pontos deixaria o Leão do Pici com 45 em novembro, número mágico da permanência. Vai ter que jogar muito mais do que vem mostrando. Parece em queda vertiginosa.
Juan Pablo Vojvoda teve os desfalques de Tinga, Zé Welison, Hércules e Fernando Miguel. Britez seguiu na zaga. Marcelo Boeck entrou na meta. Ronald e Matheus Jussa formaram a dupla de volantes. Romarinho atuou no meio-campo. Já Lisca não contou com Lucas Pires, Sandry, Zanocelo, Maicon e Luiz Felipe. O zagueiro Alex formou dupla com Eduardo Bauermann na defesa. Ângelo começou no banco.
O sonolento 1º tempo no irregular gramado do Castelão revelou duas equipes com extrema dificuldade de produção. Além do ritmo lento e dos erros técnicos nas duas equipes, não havia naturalidade e clareza na proposta do que tinham como intenção para criar. O Fortaleza, mesmo desfalcado, acaba tendo o seu caso encarado de forma mais alarmante, já que possui o mesmo trabalho tático há mais de um ano.
Foram quatro ataques dignos de citação antes do intervalo. Romarinho e Silvio Romero não conseguiram finalizar com precisão em jogadas bem construídas por Juninho Capixaba e Lucas Crispim. Eduardo Bauermann e Felipe Jonatan mandaram por cima nas melhores finalizações do Peixe. Lances isolados, aleatórios, e espaçados, o que reforçou o caráter lamentável do futebol apresentado na 1ª etapa.
O Leão foi um pouco mais presente no ataque. Tentou trocar passes para iludir a defesa santista, subiu a marcação e forçou erros rivais, mas esteve muito abaixo do esperado. O Peixe até bloqueava bem a entrada da sua área, era competitivo sem a bola. Mas com a posse, se mexia de forma desordenada e sem intensidade para gerar linhas de passe. Acertou só 72% dos passes antes do intervalo. Número péssimo.
Lisca sacou Bruno Oliveira no intervalo e botou Lucas Barbosa. O jovem atacante entrou compondo uma dupla de frente com Marcos Leonardo. Como as equipes foram mais agressivas com a bola e também tiveram recomposições menos enérgicas, os espaços apareceram, e o jogo ficou mais agradável. Marcos Leonardo teve duas ótimas chances antes dos dez minutos, mas não concluiu bem.
Thiago Galhardo entrou no Tricolor e melhorou a presença de área da equipe. Quase fez dois gols de cabeça em cruzamentos de Juninho Capixaba. O time, porém, seguia desorganizado e se lançando ao ataque de maneira desordenada. Ângelo, que foi a campo aos 12' do 2º tempo, aproveitou para explorar os contragolpes. Deixou Marcos Leonardo em boas condições duas vezes, mas ele não aproveitou.
O empate acabou sendo justo e o Santos terá três semanas seguidas com jogos apenas nos finais de semana. Lisca poderá trabalhar a equipe da forma que quer, algo que não tinha como acontecer na estreia. Já o Fortaleza ainda tem a Copa do Brasil, e terá que dividir atenção com a fuga do rebaixamento. Um grande desafio!
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