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2º tempo contra o Fluminense precisa servir para o Fortaleza virar a chave
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O Fortaleza perdeu por 1x0 para o Fluminense no primeiro jogo entre as equipes pelas quartas de final da Copa do Brasil. O resultado talvez seja o que menos importa neste momento. A boa atuação do Leão na 2ª etapa, quando anulou e pressionou um dos melhores times do país no momento, tem que ser utilizada como exemplo para recuperar a confiança da equipe no caótico cenário em que se encontra no Brasileirão.
A Copa do Brasil tem sua importância financeira e esportiva para o Tricolor do Pici, mas nada se compara ao desafio que tem pela frente na Série A. Permanecer é fundamental para seguir crescendo como clube. O time vinha jogando muito mal. É preciso reagir. E a melhora depois do intervalo nesta quinta-feira é uma boa inspiração inicial. Os aplausos da torcida ao final do jogo são o mais forte indício.
Juan Pablo Vojvoda teve os desfalques de Tinga, Hércules, Zé Welison, Fernando Miguel e Matheus Vargas. Tite e Moisés ficaram no banco. Ceballos, Lucas Sasha e Thiago Galhardo iniciaram a partida. Já Fernando Diniz manteve a equipe-base que vem entrando em campo. Matheus Martins retornou e Nathan foi o desfalque.
Mesmo sem criar muitas chances, o Fluminense foi superior ao Fortaleza no 1º tempo. Como de praxe, impôs seu estilo de posse, aproximação entre as peças, e a busca pela superioridade numérica no setor da bola. Sofreu com o péssimo gramado do Castelão. Encontrou dificuldades para dar velocidade à troca de passes e ser preciso tecnicamente. Era sempre necessário um toque a mais para controlar a bola.
Outro ponto que atrapalhou foi a marcação dura dos anfitriões, que até apelaram para faltas. Se faltava compactação e organização em diversos momentos, não havia carência de transpiração. Foram 13 faltas cometidas apenas na 1ª etapa. Alguns roubos de bola na linha média e no campo de ataque, com a tentativa posterior de encaixar contra-ataques. Todos, porém, bem neutralizados pela defesa carioca.
Faltava também, por parte do Fluminense, mais energia nos movimentos e ataques à profundidade. Nos momentos em que fez isso, criou. Nonato teve um gol bem anulado em jogada construída por Samuel Xavier pela direita. Mas essa mesma combinação valeria logo depois. O lateral desceu pelo seu setor e tocou para a área. Arias fez o corta-luz, Cano deixou de calcanhar, e Nonato marcou aos 34'. Um lindo gol!
Matheus Martins era ótima opção de movimentação e agressividade. Ganso e André ditavam o ritmo do jogo. Arias fazia o ótimo trabalho de sempre. No Fortaleza quase ninguém se salvou. Muito mexido e nitidamente sem saber o que fazer para criar espaços quando tinha a bola, foi uma equipe confusa, sem coletividade, o que gerou uma série de decisões individuais equivocadas.
Vojvoda sacou Lucas Lima e colocou Moisés no intervalo. O jogo foi totalmente diferente no 2º tempo. É verdade que o Fluminense caiu drasticamente na parte física, mas os donos da casa voltaram com a marcação mais ajustada na saída de bola carioca. Empurraram os visitantes pra trás e encaixaram bons movimentos com Moisés e Lucas Crispim pelos lados. Robson acertou o travessão de voleio.
Crispim mandou uma bomba na trave direita de Fábio em contra-ataque aos 20'. Romarinho entrou muito bem. Com agressividade, partiu pra cima da defesa tricolor, que a esta altura não tinha energia na marcação e dava espaços. O camisa 11 obrigou Fábio a fazer grande defesa ao bater de canhota da entrada da área. Manoel também salvou um gol certo de Otero aos 36'.
Tanta pressão dos anfitriões tinha que resultar em bola na rede. Romarinho recebeu pela direita e cruzou rasteiro para Silvio Romero marcar. O problema é que o VAR entrou em ação e acusou o impedimento do argentino. Gol anulado e vitória confirmada para o Fluminense. Fernando Diniz precisa ter atenção redobrada com a questão física. Ele roda pouco o elenco e não é a primeira vez que há esta queda de produção.
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