Com Dorival, salto de qualidade de Léo Pereira é muito grande

Léo Pereira foi contratado com status de ótimo reforço em janeiro de 2020. O Flamengo pagou cerca de R$ 27 milhões ao Athletico. Ele havia se destacado por duas temporadas no clube paranaense e chegou ao elenco como o substituto de Pablo Marí. O desempenho, porém, foi decepcionante e passou a ser um dos nomes mais criticados pela torcida até a chegada de Dorival Junior. Com o novo treinador, começa, enfim, a construir outra história.

Falhas de posicionamento em bolas por baixo e pelo alto. Pouca contundência em duelos individuais, lentidão nas coberturas, passes e domínios imprecisos em saídas de bola, erros que ficaram marcados na mente do torcedor rubro-negro nos últimos 24 meses. Foi desta forma, com raríssimas exceções, que Léo Pereira respondeu ao investimento do clube até aqui. Nos últimos sete jogos se transformou em outro defensor.

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A amostragem ainda é curta. Dorival Junior assumiu a equipe no dia 10 de junho. Começou a reorganizar o time defensivamente e definir a escalação ideal. Pouca gente acreditou que Léo Pereira estaria nesta formação. Ele entrou no 2º tempo diante do Cuiabá, no segundo jogo com o novo treinador, atuou por 14 minutos e só voltou a ganhar chance três partidas depois, nos 3 a 0 sobre o América-MG.

Foi bem. O que acabou sendo determinante para entrar como titular no jogo que marcou a virada de chave recente no time. Foi o melhor em campo na vitória por 1 a 0 sobre o Tolima, na Colômbia. Tirou bola em cima da linha. Bloqueou finalizações perigosas, cruzamentos, passes em profundidade. Demonstrou um nível que raramente alcançava nos melhores dias de Athletico.

Desde então foram quatro jogos seguros como titular ao lado de David Luiz. Com esta formação de zaga e o goleiro Santos na meta, o Flamengo só levou dois gols em seis partidas sob o comando de Dorival Junior. Se abandonou os problemas dentro e fora de campo, só o tempo vai dizer, mas o desempenho recente é comprovado em números específicos para a sua posição.

Traçando um comparativo com os sete jogos que fez anteriores à chegada da nova comissão técnica, Léo melhorou todos os indicadores. O que mais chama a atenção é o desempenho nos duelos defensivos. Tem 76% de êxito desde então, dado de zagueiro firme. Antes ficava na média nacional. As bolas aéreas também tiveram uma melhora considerável. 4% a mais dentro desta valência é uma variável considerável.

Intercepta mais bolas, recupera a posse mais vezes e faz menos faltas. O combo ideal de segurança que um zagueiro precisa oferecer. Parece mais concentrado e seguro. Aproveitou bem a brecha dada por mais uma lesão de Rodrigo Caio, pela irregularidade de Pablo, e pela recuperação física de Fabricio Bruno. Precisa manter a qualidade para não voltar a ser alvo de lamentos e vaias vindas da arquibancada.

O duelo de logo mais contra o Corinthians é mais uma grande oportunidade para dar prosseguimento. Jogo grande! Enfrentamento com atacantes de qualidade e ambiente desafiador para manter a concentração elevada.